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PSB pune deputados que votaram a favor da reforma trabalhista

O presidente nacional da sigla, Carlos Siqueira, já havia alertado os correligionários sobre a posição do PSB contra as reformas

Câmara: foram destituídos dos comandos estaduais os deputados Danilo Forte (CE), Fabio Garcia (MT) e Maria Helena (RR) e Tereza Cristina (MS) (Wilson Dias/Agência Brasil/Agência Brasil)
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Reuters

Publicado em 27 de abril de 2017 às 18h09.

Brasília - A direção nacional do PSB iniciou já nesta quinta-feira as sanções aos dissidentes depois de quase metade da bancada na Câmara votar a favor da reforma trabalhista , alimentando um grau de incerteza sobre qual será o comportamento dos deputados na reforma da Previdência.

Segundo uma fonte do partido, foram destituídos dos comandos estaduais os deputados Danilo Forte (CE), Fabio Garcia (MT) e Maria Helena (RR) e Tereza Cristina (MS), líder da bancada.

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O presidente nacional da sigla, Carlos Siqueira, já havia alertado os correligionários sobre a posição do PSB, que na segunda-feira fechou questão contra as duas reformas, informaram duas fontes.

Ainda assim, 14 deputados do PSB votaram a favor da reforma trabalhista na quarta-feira, enquanto outros 16 alinharam-se à posição do partido. Quatro deputados da legenda não votaram.

Um dos que votaram a favor da reforma trabalhista foi Fernando Coelho Filho (PE), um dos ministros exonerados por Michel Temer nesta semana para engrossar o quórum governista na Câmara.

Ministro de Minas e Energia, Coelho Filho participou de reunião em que Temer decidiu exonerar ministros para votações. Na ocasião, relatou a divisão no partido, ofereceu o cargo e chegou a falar em trocar de partido.

Pelo Estatuto, as sanções podem ir de desligamento temporário da bancada à perda de todas as prerrogativas, cargos e funções que exerçam em decorrência do partido.

Além das destituições já promovidas nesta quinta, havia perspectiva de uma série de representações conta os dissidentes no Conselho de Ética e Fidelidade Partidária, podendo chegar a uma centena.

Outra fonte informou que cerca de 20 deputados entregaram um pedido nas mãos do presidente nacional do PSB para que a decisão da Executiva fosse reconsiderada. O recurso não mira a posição do partido, mas o fechamento de questão.

A resistência dos correligionários, no entanto, não comoveu a direção partidária, que mantém a intenção de punir os rebeldes.

Mais cedo nesta quinta-feira, a Executiva Nacional do PDT divulgou nota informando a expulsão do deputado Carlos Eduardo Cadoca (PE), por ter contrariado o fechamento de questão da legenda e votado a favor da reforma. Ao contrário do PSB, que participa do governo, o PDT integra a oposição.

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