Protestos em várias cidades pedem saída de Temer e eleição direta
Os protestos reuniram menos pessoas do que em outras ocasiões recentes, inclusive em São Paulo, onde a chuva desanimou alguns dos manifestantes
EFE
Publicado em 21 de maio de 2017 às 17h26.
Última atualização em 21 de maio de 2017 às 17h28.
São Paulo - Manifestantes voltaram às ruas de diversas capitais para pedir a renúncia do presidente Michel Temer , acuado por mais um escândalo de corrupção, e a convocação de eleições diretas para escolher seu sucessor.
Os protestos, convocados por movimentos sociais ligados à esquerda e centrais sindicais, reuniram menos pessoas do que em outras ocasiões recentes, inclusive em São Paulo, onde a chuva acabou desanimando alguns dos manifestantes.
Com guarda-chuvas e capas para se proteger, milhares de pessoas se reuniram em frente ao Museu de Arte Moderna de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, para gritar "Fora Temer".
No Rio de Janeiro, um grupo de manifestantes foi até a casa de Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, que, em função do cargo, tem o poder de aceitar ou rejeitar os pedidos de impeachment contra Temer. Já são mais de dez solicitações protocoladas.
Em Belo Horizonte, 50 mil pessoas foram às ruas para pressionar Temer a renunciar, um número muito superior ao registrado em Brasília, onde 300 pessoas se reuniram em algumas das principais vias da capital. Além da renúncia do presidente, os manifestantes exigem a convocação de eleições diretas para substituí-lo.
Caso Temer deixe o cargo ou seja cassado, a Constituição prevê que o Congresso realize uma eleição indireta para escolher seu sucessor, que governaria até 1º de janeiro de 2019, quando assumiria o vencedor das eleições de 2018.
Temer negou ter praticado qualquer tipo de crime e afirmou que a gravação feita pelo empresário Joesley Batista, dono do Grupo JBS, é "fraudulenta" e "manipulada".
O presidente pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que suspenda a investigação aberta contra ele pelos crimes de corrupção, obstrução à justiça e organização criminosa. O plenário do STF analisará o pedido na próxima quarta-feira.