Promotor diz haver prova de que tríplex era destinado a Lula
Na denúncia do MP, ex-presidente é acusado dos crimes de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica
Da Redação
Publicado em 10 de março de 2016 às 18h59.
São Paulo - O Ministério Público de São Paulo coletou uma "gama de provas testemunhais e documentais" que demonstram que um apartamento tríplex no Guarujá era destinado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à sua família, disse nesta quinta-feira o promotor Cássio Conserino do MP paulista.
Conserino e outros promotores deram entrevista coletiva sobre a denúncia apresentada à Justiça na quarta-feira contra Lula e outras 15 pessoas, entre elas a ex-primeira-dama Marisa Letícia e Fábio Luís Lula da Silva, filho do ex-presidente.
Na entrevista, os promotores se recusaram a informar se haviam pedido a prisão preventiva do ex-presidente. Após a coletiva, no entanto, a mídia afirmou que o MP paulista pediu a prisão do ex-presidente. O presidente do PT, Rui Falcão, disse que o pedido causa "indignação".
Na denúncia, Lula é acusado dos crimes de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, enquanto a ex-primeira-dama é acusado de lavagem e Fábio Luiz de participação em lavagem de dinheiro. De acordo com o promotor, a pena para condenados em lavagem varia de 3 a 10 anos de detenção, enquanto o de falsidade vai de 1 a 3 anos de prisão.
Lula foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo em um desdobramento das investigações do órgão sobre a Bancoop, a cooperativa habitacional dos bancários.
Segundo os promotores, a Bancoop cometeu fraude contra seus cooperados e, quando foi sucedida pela OAS, uma das empreiteiras investigadas na operação Lava Jato, passou a cobrar taxas extorsivas e não realizar as obras contratadas.
O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, que foi presidente da Bancoop, também está entre os denunciados pelo MP paulista, assim como o ex-presidente da OAS José Aldemário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro. Ambos já foram condenados na primeira instância em ações ligadas à Lava Jato.
"O nosso raciocínio, do Ministério Público estadual, é o seguinte: enquanto milhares de famílias ficaram sem seus apartamentos, enquanto milhares de famílias foram despojadas de realizar o sonho da casa própria, um dos investigados (Lula) foi contemplado com um tríplex", disse Conserino. "É esse o mote da denúncia."
Conserino rejeitou a tese da defesa do Lula de que não seria o promotor natural do caso e disse que as investigações do MP paulista não sobrepõem às do Ministério Público Federal no âmbito da Lava Jato .
Ele explicou que a Lava Jato investiga as suspeitas de que a OAS teria mobiliado o tríplex que seria ocupado pela família do ex-presidente.
Após a coletiva, o advogado de Lula Cristiano Zanin Martins voltou a negar que o tríplex seja do ex-presidente.
“A coletiva de hoje deixou claro que os procuradores querem fazer crer que o ex-presidente é dono dessa propriedade apenas porque algumas pessoas disseram acreditar que é... Não faz o menor sentido”, disse à Reuters.
“Essa coletiva mostra não só a fragilidade do raciocínio mas também que é uma ação parcial – parte de uma campanha mediática para colocar o ex-presidente em uma posição desfavorável."
São Paulo - O Ministério Público de São Paulo coletou uma "gama de provas testemunhais e documentais" que demonstram que um apartamento tríplex no Guarujá era destinado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à sua família, disse nesta quinta-feira o promotor Cássio Conserino do MP paulista.
Conserino e outros promotores deram entrevista coletiva sobre a denúncia apresentada à Justiça na quarta-feira contra Lula e outras 15 pessoas, entre elas a ex-primeira-dama Marisa Letícia e Fábio Luís Lula da Silva, filho do ex-presidente.
Na entrevista, os promotores se recusaram a informar se haviam pedido a prisão preventiva do ex-presidente. Após a coletiva, no entanto, a mídia afirmou que o MP paulista pediu a prisão do ex-presidente. O presidente do PT, Rui Falcão, disse que o pedido causa "indignação".
Na denúncia, Lula é acusado dos crimes de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, enquanto a ex-primeira-dama é acusado de lavagem e Fábio Luiz de participação em lavagem de dinheiro. De acordo com o promotor, a pena para condenados em lavagem varia de 3 a 10 anos de detenção, enquanto o de falsidade vai de 1 a 3 anos de prisão.
Lula foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo em um desdobramento das investigações do órgão sobre a Bancoop, a cooperativa habitacional dos bancários.
Segundo os promotores, a Bancoop cometeu fraude contra seus cooperados e, quando foi sucedida pela OAS, uma das empreiteiras investigadas na operação Lava Jato, passou a cobrar taxas extorsivas e não realizar as obras contratadas.
O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, que foi presidente da Bancoop, também está entre os denunciados pelo MP paulista, assim como o ex-presidente da OAS José Aldemário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro. Ambos já foram condenados na primeira instância em ações ligadas à Lava Jato.
"O nosso raciocínio, do Ministério Público estadual, é o seguinte: enquanto milhares de famílias ficaram sem seus apartamentos, enquanto milhares de famílias foram despojadas de realizar o sonho da casa própria, um dos investigados (Lula) foi contemplado com um tríplex", disse Conserino. "É esse o mote da denúncia."
Conserino rejeitou a tese da defesa do Lula de que não seria o promotor natural do caso e disse que as investigações do MP paulista não sobrepõem às do Ministério Público Federal no âmbito da Lava Jato .
Ele explicou que a Lava Jato investiga as suspeitas de que a OAS teria mobiliado o tríplex que seria ocupado pela família do ex-presidente.
Após a coletiva, o advogado de Lula Cristiano Zanin Martins voltou a negar que o tríplex seja do ex-presidente.
“A coletiva de hoje deixou claro que os procuradores querem fazer crer que o ex-presidente é dono dessa propriedade apenas porque algumas pessoas disseram acreditar que é... Não faz o menor sentido”, disse à Reuters.
“Essa coletiva mostra não só a fragilidade do raciocínio mas também que é uma ação parcial – parte de uma campanha mediática para colocar o ex-presidente em uma posição desfavorável."