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Profissionais da segurança pública aderem a protestos em SP

O objetivo do ato era demonstrar o descontentamento da categoria com a Reforma da Previdência proposta pelo governo federal

(Marcelo Camargo/Agência Brasil/Agência Brasil)
AB

Agência Brasil

Publicado em 15 de março de 2017 às 17h14.

Última atualização em 15 de março de 2017 às 17h21.

São Paulo - Policiais civis, federais, rodoviários, agentes penitenciários e guardas municipais do estado fizeram na manhã de hoje (15) um ato em frente à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) para demonstrar o descontentamento da categoria com a Reforma da Previdência proposta pelo governo federal.

A principal reivindicação diz respeito à manutenção no texto constitucional da atividade de risco para aposentadoria policial.

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Atualmente, policiais e professores têm direito à aposentadoria especial, com 30 anos de contribuição para homens e 25 para mulheres, sem idade mínima.

Com as mudanças previstas na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, eles passam a integrar o regime geral.

Segundo o diretor regional de São Paulo da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), Edson Garutti, a reforma tira da profissão a caracterização da atividade de risco prevista na Constituição.

"No mundo inteiro há essa caracterização devido ao estresse maior, ao risco efetivo, ao regime diferenciado no qual o profissional fica disponível e de sobreaviso todos os dias. Essa é uma atividade que mata mais cedo", defendeu.

Garutti informou que o ato foi feito simultaneamente em todo o Brasil em frente às assembleias dos estados.

De acordo com o diretor da ADPF, "o governo redigiu uma proposta de reforma previdenciária sem debater com a sociedade e passou o texto para o Congresso Nacional".

"Agora, o Congresso Nacional está assumindo o ônus de debater o tema perante a sociedade e o governo pressionando para que seja aprovada com rapidez. Por isso estamos nas assembleias para simbolizar a importância do Poder Legislativo nessa reforma", disse.

O plano da categoria é dialogar com o governo e o Congresso. "Queremos mostrar primeiro nossos argumentos para ver se o Congresso entende que eles se sustentam e conforme for esse diálogo os movimentos e manifestações vão crescendo, porque nós entendemos que nosso pleito é justo", argumentou.

Ele disse ainda que a categoria não quer fazer greve e nem prejudicar a sociedade, mas sim chamar a atenção para o fato de que a expectativa de vida os profissionais da segurança é diferente da do restante das profissões.

"Muito da reforma está fundamentada no aumento de expectativa de vida da população brasileira. Na segurança pública, a expectativa está ao redor de 57 anos e não próxima dos 80. Como exigir aposentadoria aos 65, se a expectativa de vida é de 57 anos?"

Para Garutti, se a Reforma da Previdência for aprovada, a sociedade terá uma polícia envelhecida e biologicamente impedida de exercer o trabalho com vigor.

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