Professores da UFPE fazem paralisação contra a PEC dos gastos
A categoria também se coloca contra a Medida Provisória (MP) 746, que reforma o Ensino Médio, e a PLC 54, que renegocia a dívida dos estados
Agência Brasil
Publicado em 25 de outubro de 2016 às 11h25.
Última atualização em 25 de outubro de 2016 às 11h26.
Os professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) aderiram à paralisação nacional "em defesa da educação, do SUS e dos direitos trabalhistas", e fazem uma paralisação de 24 horas, hoje (25), contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241 , que limita gastos do poder público, e deve ser votada hoje em segundo turno pela Câmara dos Deputados.
A decisão foi tomada durante assembleia da Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe), realizada no dia 11 de outubro. O percentual de adesão dos professores da UFPE à greve ainda não foi divulgado pela Adufepe ou pela universidade.
Em nota divulgada pela entidade, a proposta é chamada de PEC da Maldade e PEC dos Desmontes. Segundo o texto, "a medida é um ataque direto aos direitos constitucionais (adquiridos em anos de lutas) e ao cerne do papel social do Estado - refletindo nas políticas públicas para a saúde, educação e, por fim, aos serviços sociais".
A categoria também se coloca contra a Medida Provisória (MP) 746, que reforma o Ensino Médio, e a PLC 54, que renegocia a dívida dos estados com a União, mas condiciona a repactuação à adequação de investimentos no setor público. "A Adufepe repudia veementemente qualquer projeto de lei que vem com o objetivo de reduzir o Estado Brasileiro", conclui a nota.
Os docentes avisam ainda que não descartam a possibilidade de participar de uma greve geral dos servidores públicos federais, convocada pelas centrais sindicais para o dia 9 de novembro.
Estudantes mobilizados
Ontem de manhã estudantes da UFPE fizeram um protesto na BR-101 contra a PEC 241, em frente à reitoria da universidade. Nessa e em outras instituições parte dos prédios está ocupada por alunos que também são contrários à proposta que tramita no Congresso Nacional.
Estudantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) ocuparam o campus de Vitória de Santo Antão, no interior do estado, no dia 17 de outubro. No dia 20 foi a vez dos discentes da Universidade de Pernambuco (UPE) ocuparem o prédio da reitoria, no Recife.
No Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), segundo o movimento estudantil, já existem acampamentos contra a PEC nos campi de Recife, Pesqueira, Ouricuri, Petrolina e Olinda.