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Presidente da AES BR defende discussão sobre hidrelétricas

Fundamentos que definem o rebaixamento da geração hidrelétrica diante do baixo nível dos reservatórios das usinas devem ser discutidos

Britaldo Soares: "tem aspectos que podem ser risco do negócio, tem aspectos que não necessariamente" (Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2014 às 14h03.

São Paulo - O presidente da AES Brasil , Britaldo Soares, disse nesta segunda-feira que os fundamentos que definem o rebaixamento da geração hidrelétrica , que tem ocorrido atualmente diante do baixo nível dos reservatórios das usinas, devem ser discutidos.

A geração hidrelétrica tem sido reduzida pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para preservar o nível das represas em um ano de estiagem anormal, enquanto as usinas térmicas estão fortemente acionadas para garantir o abastecimento de energia do país.

Mas ao reduzir o acionamento das hidrelétricas, algumas geradoras ficam expostas à compra de energia a preços mais caros de curto prazo para cumprir os contratos, implicando gastos que podem chegar a 24 bilhões de reais no ano, segundo estimativas de mercado.

"Precisamos discutir os fundamentos desse rebaixamento", disse Soares a jornalistas, após evento de inauguração de subestação em São Paulo. O governo federal já disse que não avalia mecanismos para ajudar as geradoras a lidarem com esses gastos, pois considera que esse é um risco do negócio com o qual as empresas devem saber lidar.

"Tem aspectos que podem ser risco do negócio, tem aspectos que não necessariamente", disse Britaldo ao acrescentar que algumas ações que definem o rebaixamento da garantia física das hidrelétricas independem da gestão das empresas.

A AES Tietê, geradora de energia do grupo AES Brasil, deve ser negativamente impactada em 350 milhões a 500 milhões de reais neste ano diante do rebaixamento da garantia física das hidrelétricas, conforme já informou a empresa na divulgação dos resultados do primeiro trimestre.

"Estamos gerenciando a companhia e preparados para isso ... Gerenciar a companhia é uma coisa, mas isso não quer dizer que vamos estar também abrindo mão de uma discussão sobre os fundamentos dos impactos na geração", afirmou Britaldo, que não quis antecipar quais as medidas que as geradoras preparam para motivar esse debate com o governo federal.

O executivo disse que, no setor de geração, ainda se avalia o tamanho do impacto do rebaixamento e que ainda há muito o que progredir nas discussões.

A Associação dos Produtores Independentes de Energia (Apine) já informou que prepara estudo sobre o impacto da redução hidrelétrica para apresentar ao governo federal.

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São Paulo - O presidente da AES Brasil , Britaldo Soares, disse nesta segunda-feira que os fundamentos que definem o rebaixamento da geração hidrelétrica , que tem ocorrido atualmente diante do baixo nível dos reservatórios das usinas, devem ser discutidos.

A geração hidrelétrica tem sido reduzida pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para preservar o nível das represas em um ano de estiagem anormal, enquanto as usinas térmicas estão fortemente acionadas para garantir o abastecimento de energia do país.

Mas ao reduzir o acionamento das hidrelétricas, algumas geradoras ficam expostas à compra de energia a preços mais caros de curto prazo para cumprir os contratos, implicando gastos que podem chegar a 24 bilhões de reais no ano, segundo estimativas de mercado.

"Precisamos discutir os fundamentos desse rebaixamento", disse Soares a jornalistas, após evento de inauguração de subestação em São Paulo. O governo federal já disse que não avalia mecanismos para ajudar as geradoras a lidarem com esses gastos, pois considera que esse é um risco do negócio com o qual as empresas devem saber lidar.

"Tem aspectos que podem ser risco do negócio, tem aspectos que não necessariamente", disse Britaldo ao acrescentar que algumas ações que definem o rebaixamento da garantia física das hidrelétricas independem da gestão das empresas.

A AES Tietê, geradora de energia do grupo AES Brasil, deve ser negativamente impactada em 350 milhões a 500 milhões de reais neste ano diante do rebaixamento da garantia física das hidrelétricas, conforme já informou a empresa na divulgação dos resultados do primeiro trimestre.

"Estamos gerenciando a companhia e preparados para isso ... Gerenciar a companhia é uma coisa, mas isso não quer dizer que vamos estar também abrindo mão de uma discussão sobre os fundamentos dos impactos na geração", afirmou Britaldo, que não quis antecipar quais as medidas que as geradoras preparam para motivar esse debate com o governo federal.

O executivo disse que, no setor de geração, ainda se avalia o tamanho do impacto do rebaixamento e que ainda há muito o que progredir nas discussões.

A Associação dos Produtores Independentes de Energia (Apine) já informou que prepara estudo sobre o impacto da redução hidrelétrica para apresentar ao governo federal.

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