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Prefeitos do Rio se reúnem para combater a dengue

Superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria de Estado de Saúde disse que regiões noroeste e norte do estado são preocupantes


	Mosquito da dengue: números recentes da doença não configuram um quadro de alta transmissão em todo estado
 (Getty Images)

Mosquito da dengue: números recentes da doença não configuram um quadro de alta transmissão em todo estado (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2013 às 19h39.

Rio de Janeiro - Prefeitos dos municípios do noroeste fluminense se reuniram na manhã de hoje (22) com o secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, e equipes de Vigilância e Saúde do governo estadual com o objetivo de intensificar as ações de combate à dengue. A região apresenta um grande número de casos neste verão, ao lado da Baixada Fluminense.

Durante o evento, foi avaliado o trabalho realizado nos centros de Hidratação de Pacientes com Dengue montados em Itaperuna, Miracema, Aperibé, Italva, Santo Antônio de Pádua e Cambuci e foi analisado o controle de focos do mosquito transmissor da doença pelos agentes de endemia municipais. O secretário e membros do governo discutiram com os prefeitos sobre o cenário epidemiológico do estado e da região.

O superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe, disse que as regiões noroeste e norte do estado são preocupantes pois historicamente apresentam uma transmissão de dengue mais precoce, com casos notificados nos meses de dezembro e janeiro.

“O estado tem um cenário de alto risco devido à entrada da dengue tipo 4, que na verdade não é um cenário só do Rio, mas de todo o Brasil. Toda a população que não teve dengue em 2012 é suscetível a esse tipo de vírus, uma vez que ele entrou no estado há cerca de dois anos. A situação hoje do estado, com exceção do município do Rio que teve um ano epidêmico em 2012, portanto tem uma parte importante da população já imunizada, é um cenário de alto risco”, disse o superintendente.

Segundo Chieppe, os números recentes da doença não configuram um quadro de alta transmissão em todo estado. “O que nós temos observado é a abertura de transmissão de dengue em alguns municípios de forma isolada. Obviamente é só o início do ano e sabemos que o maior período de transmissão no Rio se dá em março, abril e maio, então a situação é ainda de alerta máximo”.


De acordo com a Secretaria, até o dia 19 de janeiro (terceira semana epidemiológica deste ano), foram notificados 3.038 casos suspeito de dengue no Rio, e nenhum registro de óbito. No mesmo período de 2012 foram notificados 5.475 casos suspeitos da doença, também sem mortes.

Inspirada nas estratégias utilizadas pelo governo de Cingapura para interromper a epidemia de dengue no país asiático em 2004 e 2005, o governo do Rio e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) vem realizando a campanha 10 Minutos Contra a Dengue. A ação tem como objetivo incentivar a população a dedicar 10 minutos semanais à eliminação de possíveis focos do Aedes aegypti em suas residências. De acordo com o governo, 80% dos criadouros se desenvolvem no ambiente doméstico.

Informações sobre a campanha e também sobre o programa Rio Contra a Dengue, além de materiais explicativos contendo a descrição das ações semanais de combate podem ser obtidos no site ou na rede social Twitter.

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