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Por todo o Rio, ruas alagadas e pedestres encharcados

Em diversos bairros da capital fluminense, moradores e lojistas tentavam reparar os estragos causados pela chuva

Carro passa em rua alagada do Rio de Janeiro: temporal causa alagamentos e desabamentos no Grande Rio, desde a madrugada de hoje (Tomaz Silva/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2013 às 19h14.

Rio - Por todo o Rio, as ruas estavam alagadas, os pedestres encharcados e os carros tentavam passar os bolsões de água. O cenário, apesar de desolador, é comum para os cariocas. Em diversos bairros da capital fluminense, moradores e lojistas tentavam reparar os estragos causados pela chuva.

No início da manhã, poucos ônibus circulavam na zona norte da capital. O cenário mais devastador foi encontrado no bairro de Higienópolis, na zona norte.

O Rio Faria-Timbó transbordou e invadiu as casas. Em algumas residências, a água passou de 2 metros de altura. Uma placa no poste do ponto de ônibus ficou submersa e água conseguiu entrar pelas janelas. Nas Ruas Miguel Burnier e Santa Mariana, que ficam abaixo do nível do Faria-Timbó, os moradores fizeram comportas nos portão e janelas para impedem a passagem da água.

No entanto, dessa vez, nem mesmo essa engenharia conseguiu evitar que a água invadisse as casas. Na Miguel Burnier, o muro de um prédio caiu, mas ninguém ficou ferido. No prédio em frente, era possível ver sacos de lixo que foram levados pela água nas grades do muro.

O professor de Educação Física Alexandre Gallo, foi o salvador do bairro e usou bote salva-vidas para resgatar os vizinhos e alguns pertences pessoais. Foram tantos resgates que Gallo não conseguiu contar a quantidade de pessoas que levou no bote, mas lembra que carregou oito geladeiras e amarrou dois carros no poste para que não fossem levados pela correnteza. "Antes da construção da Linha Amarela era muito pior."


Uma equipe e um minitrator da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) trabalhavam no local e tentavam recolher a sujeira e escoar as águas. A comida de um bar na esquina das Ruas Santa Mariana e Aguaraíba, que fica a pelo menos 1,5 metro acima da calçada, foi para o lixo.

"Toda vez é a mesma coisa: perdemos tudo, a prefeitura recolhe nossas coisas e, quando podemos, compramos tudo de novo", afirmou a aposentada Antônia Machado, de 68 anos, que mora há 50 anos em Higienópolis.

O rodoviário Hilton Filho, de 37 anos, abriu a casa onde mora com a família para a reportagem. Estava tudo molhado e Hilton Filho só conseguiu salvar algumas poucas roupas e uma televisão. Ele afirmou que a cama do casal boiou.

A casa de Hilton Filho é uma das que têm portão e janelas feitos como comportas, mas os itens de contenção não foram suficientes para evitar a força - e o estrago - da chuva desta quarta-feira. O rodoviário acordou às 5h30 para ir para o trabalho e, assim que percebeu que a água invadia sua casa, despertou a mulher, Flávia de Almeida, os dois filhos e o sogro, que conseguiram abrigo na casa de parentes.

Hilton Filho e o sogro, Valdir de Almeida, de 61 anos, tentavam limpar a casa e salvar alguns objetos com a ajuda de amigos. "Perdemos quase tudo, mas consegui salvar minha família, que é o mais importante. Agora, vamos trabalhar para conseguir reconstruir e comprar tudo de novo", afirmou o rodoviário.

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Rio - Por todo o Rio, as ruas estavam alagadas, os pedestres encharcados e os carros tentavam passar os bolsões de água. O cenário, apesar de desolador, é comum para os cariocas. Em diversos bairros da capital fluminense, moradores e lojistas tentavam reparar os estragos causados pela chuva.

No início da manhã, poucos ônibus circulavam na zona norte da capital. O cenário mais devastador foi encontrado no bairro de Higienópolis, na zona norte.

O Rio Faria-Timbó transbordou e invadiu as casas. Em algumas residências, a água passou de 2 metros de altura. Uma placa no poste do ponto de ônibus ficou submersa e água conseguiu entrar pelas janelas. Nas Ruas Miguel Burnier e Santa Mariana, que ficam abaixo do nível do Faria-Timbó, os moradores fizeram comportas nos portão e janelas para impedem a passagem da água.

No entanto, dessa vez, nem mesmo essa engenharia conseguiu evitar que a água invadisse as casas. Na Miguel Burnier, o muro de um prédio caiu, mas ninguém ficou ferido. No prédio em frente, era possível ver sacos de lixo que foram levados pela água nas grades do muro.

O professor de Educação Física Alexandre Gallo, foi o salvador do bairro e usou bote salva-vidas para resgatar os vizinhos e alguns pertences pessoais. Foram tantos resgates que Gallo não conseguiu contar a quantidade de pessoas que levou no bote, mas lembra que carregou oito geladeiras e amarrou dois carros no poste para que não fossem levados pela correnteza. "Antes da construção da Linha Amarela era muito pior."


Uma equipe e um minitrator da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) trabalhavam no local e tentavam recolher a sujeira e escoar as águas. A comida de um bar na esquina das Ruas Santa Mariana e Aguaraíba, que fica a pelo menos 1,5 metro acima da calçada, foi para o lixo.

"Toda vez é a mesma coisa: perdemos tudo, a prefeitura recolhe nossas coisas e, quando podemos, compramos tudo de novo", afirmou a aposentada Antônia Machado, de 68 anos, que mora há 50 anos em Higienópolis.

O rodoviário Hilton Filho, de 37 anos, abriu a casa onde mora com a família para a reportagem. Estava tudo molhado e Hilton Filho só conseguiu salvar algumas poucas roupas e uma televisão. Ele afirmou que a cama do casal boiou.

A casa de Hilton Filho é uma das que têm portão e janelas feitos como comportas, mas os itens de contenção não foram suficientes para evitar a força - e o estrago - da chuva desta quarta-feira. O rodoviário acordou às 5h30 para ir para o trabalho e, assim que percebeu que a água invadia sua casa, despertou a mulher, Flávia de Almeida, os dois filhos e o sogro, que conseguiram abrigo na casa de parentes.

Hilton Filho e o sogro, Valdir de Almeida, de 61 anos, tentavam limpar a casa e salvar alguns objetos com a ajuda de amigos. "Perdemos quase tudo, mas consegui salvar minha família, que é o mais importante. Agora, vamos trabalhar para conseguir reconstruir e comprar tudo de novo", afirmou o rodoviário.

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