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Policiais do Brasil repatriam corpos de linchados na Bolívia

Dez agentes brasileiros e um médico legista foram autorizados a ingressar na cidade e exumar os corpos enterrados na quarta-feira por ordem de um promotor

Bandeira da Bolívia: O governo brasileiro manifestou ontem seu ''repúdio'' ao linchamento dos dois brasileiros e pediu rigor e rapidez nas investigações para esclarecer o ocorrido (Brian Bahr/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2012 às 20h25.

La Paz - Policiais e um médico legista do Brasil exumaram nesta quinta-feira no povo boliviano fronteiriço de San Matías os corpos dos dois brasileiros queimados na terça-feira com um combustível de origem vegetal e os transferiram ao Brasil, informou hoje uma fonte oficial.

O chefe da Polícia de San Matías, major Edwin Rojas, disse à Agência Efe, por telefone, que dez agentes brasileiros e um médico legista foram autorizados a ingressar na cidade e exumar os corpos enterrados na quarta-feira por ordem de um promotor.

Os restos de Rafael Max Diez, de 27 anos, e Jefferson Castro Da Lima, de 22, estavam em bolsas em uma vala comum no cemitério de San Matías e, após serem desenterrados, foram levados à cidade de Cáceres, no Mato Grosso, informaram fontes jornalísticas.

Os brasileiros foram queimados vivos com um combustível de origem vegetal na noite de terça-feira depois de conseguirem tirá-los das celas onde estavam presos sob a guarda de dez policiais, um promotor e um chefe militar que foram agredidos.

Cerca de 400 habitantes se revoltaram ao saber que a polícia os prendeu e que eram os dois suspeitos de assassinar a tiros na segunda-feira três bolivianos e ferir outros dois, com quem negociavam a venda de duas motos.

Segundo o major Rojas, a situação dos policiais de San Matías é muito complicada porque devem investigar o crime, mas eles e suas famílias foram ameaçados de morte de forma anônima.

O governo brasileiro manifestou ontem seu ''repúdio'' ao linchamento dos dois brasileiros e pediu rigor e rapidez nas investigações para esclarecer o ocorrido.


O ministro de governo, Carlos Romero, disse hoje ao canal de televisão ''Red Uno'' que visitou a cidade na quarta-feira e viu que os ânimos da população ''ainda estão muito esquentados'' e que o mais prudente agora é conseguir ''a pacificação da região''.

Diante da reivindicação do Brasil de uma investigação, Romero disse que ela deve ser completa e incluir os antecedentes dos brasileiros, se tinham autorização para levar armas e se a venda de motos estava relacionada com outros crimes.

Acrescentou que as autoridades da Bolívia estão ''consternadas'' pelo acontecido e apoiam coordenar a investigação com seus colegas do Brasil em San Matías, onde vivem 12 mil pessoas, das quais 70% são bolivianos e o restante, brasileiros.

Em várias áreas da fronteira entre ambos os países, de mais de 3 mil quilômetros, há violência relacionada ao tráfico de drogas e ao comércio de carros roubados, como reconheceu o ministro.

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La Paz - Policiais e um médico legista do Brasil exumaram nesta quinta-feira no povo boliviano fronteiriço de San Matías os corpos dos dois brasileiros queimados na terça-feira com um combustível de origem vegetal e os transferiram ao Brasil, informou hoje uma fonte oficial.

O chefe da Polícia de San Matías, major Edwin Rojas, disse à Agência Efe, por telefone, que dez agentes brasileiros e um médico legista foram autorizados a ingressar na cidade e exumar os corpos enterrados na quarta-feira por ordem de um promotor.

Os restos de Rafael Max Diez, de 27 anos, e Jefferson Castro Da Lima, de 22, estavam em bolsas em uma vala comum no cemitério de San Matías e, após serem desenterrados, foram levados à cidade de Cáceres, no Mato Grosso, informaram fontes jornalísticas.

Os brasileiros foram queimados vivos com um combustível de origem vegetal na noite de terça-feira depois de conseguirem tirá-los das celas onde estavam presos sob a guarda de dez policiais, um promotor e um chefe militar que foram agredidos.

Cerca de 400 habitantes se revoltaram ao saber que a polícia os prendeu e que eram os dois suspeitos de assassinar a tiros na segunda-feira três bolivianos e ferir outros dois, com quem negociavam a venda de duas motos.

Segundo o major Rojas, a situação dos policiais de San Matías é muito complicada porque devem investigar o crime, mas eles e suas famílias foram ameaçados de morte de forma anônima.

O governo brasileiro manifestou ontem seu ''repúdio'' ao linchamento dos dois brasileiros e pediu rigor e rapidez nas investigações para esclarecer o ocorrido.


O ministro de governo, Carlos Romero, disse hoje ao canal de televisão ''Red Uno'' que visitou a cidade na quarta-feira e viu que os ânimos da população ''ainda estão muito esquentados'' e que o mais prudente agora é conseguir ''a pacificação da região''.

Diante da reivindicação do Brasil de uma investigação, Romero disse que ela deve ser completa e incluir os antecedentes dos brasileiros, se tinham autorização para levar armas e se a venda de motos estava relacionada com outros crimes.

Acrescentou que as autoridades da Bolívia estão ''consternadas'' pelo acontecido e apoiam coordenar a investigação com seus colegas do Brasil em San Matías, onde vivem 12 mil pessoas, das quais 70% são bolivianos e o restante, brasileiros.

Em várias áreas da fronteira entre ambos os países, de mais de 3 mil quilômetros, há violência relacionada ao tráfico de drogas e ao comércio de carros roubados, como reconheceu o ministro.

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