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PMDB defende manutenção de chefe de gabinete de Geddel no governo

O partido justifica que a permanência do aliado de Geddel é "essencial" para que a sigla mantenha a influência da bancada sobre a Secretaria de Governo

Geddel: o funcionário é um dos principais aliados do ex-ministro Geddel Vieira Lima, que deixou o comando da Pasta em 25 de novembro de 2016 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Geddel: o funcionário é um dos principais aliados do ex-ministro Geddel Vieira Lima, que deixou o comando da Pasta em 25 de novembro de 2016 (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de janeiro de 2017 às 16h10.

Brasília - A bancada do PMDB na Câmara dos Deputados entregou ao presidente Michel Temer um manifesto defendendo a manutenção de Carlos Henrique Sobral na chefia de gabinete da Secretaria de Governo.

O funcionário é um dos principais aliados do ex-ministro Geddel Vieira Lima, que deixou o comando da Pasta em 25 de novembro de 2016.

O manifesto foi entregue pela bancada do PMDB ainda em dezembro do ano passado, logo após circular a informação de que o atual líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), deve assumir a Pasta no lugar de Geddel.

A previsão é de que o parlamentar tucano assuma o cargo logo após a eleição para presidência da Câmara, marcada para 2 de fevereiro.

Como mostrou o Broadcast Político na última segunda-feira, 23, PSDB e PMDB travam uma queda de braços em relação aos cargos da Secretaria de Governo.

Os tucanos decidiram aumentar a fatura e cobram do Palácio do Planalto o direito de indicar toda a estrutura da Pasta. O PMDB, porém, reagiu e quer garantir a permanência de aliados do partido no Ministério.

O manifesto a favor de Sobral foi assinado por "99%" dos 65 deputados do PMDB. Peemedebistas justificam que a permanência do aliado de Geddel no cargo é "essencial" para que a sigla mantenha a influência da bancada sobre a Secretaria de Governo, responsável pela negociação com o Congresso Nacional e pelo cronograma de liberação de emendas parlamentares.

Segundo deputados do PMDB, o presidente Michel Temer se comprometeu a manter Sobral na chefia de gabinete. "Agora falar que vai acolher e acolher são duas coisas diferentes", afirmou um peemedebista em reservado. Segundo o parlamentar, a pressão do PSDB para manter a "porteira fechada" no ministério, ou seja, ter o direito de indicar os cargos da estrutura funcional.

Carlos Henrique Sobral trabalha com Geddel desde quando o ex-ministro era deputado federal. Além de ser ligado a Geddel, o atual chefe de gabinete da Secretaria de Governo é aliado do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Sobral também foi assessor especial da presidência da Câmara dos Deputados, quando o parlamentar fluminense comandava a Casa.

Estrutura

A Secretaria de Governo é composta, além do gabinete do ministro, ainda pela Secretaria-Executiva, por cinco secretarias setoriais (de Articulação Social, de Administração, de Micro e Pequena Empresa, de Juventude e de Controle Interno), duas Subchefias (Assuntos Parlamentares e de Assuntos Federativos) e ainda pelo Escritório Especial em Altamira.

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