PF prende dono de sítio suspeito de ajudar fugitivos de presídio de Mossoró
Na quarta-feira, 14, dois prisioneiros fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte
Agência de notícias
Publicado em 26 de fevereiro de 2024 às 19h41.
A Polícia Federal prendeu nesta segunda-feira, 26, uma nova pessoa acusada de ajudar na fuga de Rogério Mendonça e Deibson Nascimento, que escaparam da Penitenciária Federal de Mossoró na quarta-feira, 14. Ronaildo da Silva Fernandes, dono de um sítio nos arredores da cidade do interior do Rio Grande do Norte, teria recebido R$ 5 mil dos criminosos para auxiliá-los na fuga.
Segundo fontes que acompanham as investigações, Ronaildo teria procurado a polícia para afirmar que havia sido coagido a ajudar os foragidos, mas a polícia identificou que, na verdade, ele tinha recebido dinheiro para ser cúmplice da dupla. Não há informação se o dono do sítio tem ligação com facções criminosas.
A reportagem não conseguiu localizar a defesa do suspeito. À mídia local, Ronaildo afirmou que foi refém dos bandidos e que teria ficado oito dias sob poder dos criminosos. O dono do sítio disse ainda que chegou a gastar R$ 500 para dar suprimentos aos bandidos.
Relembre o caso
Na quarta-feira, 14, dois prisioneiros fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Na ocasião, os detentos usaram uma barra de ferro para ampliar o buraco de uma luminária, por onde escalaram para acessar o teto do presídio e fugir. Apesar de 600 homens envolvidos nas buscas, até o momento os criminosos não foram encontrados.
"As informações são que ainda estão na região. Tivemos quatro prisões (no total). Hoje tivemos outra prisão, mediante mandado judicial, de um colaborador. Imaginamos que estão nas cercanias" disse o ministro Ricardo Lewandowski durante coletiva de imprensa.
Lewandowski, assinou nesta segunda-feira, 26, um acordo com o governo da Alemanha para fortalecer a cooperação entre os dois países no combate ao crime organizado. A medida inclui parceria para atuar contra o tráfico de drogas e de pessoas, e contra crimes ambientais.
A partir de agora, os países vão intensificar trocas de informações e compartilhar métodos de investigação e tecnologia. O acordo também permite a formação de equipes conjuntas de investigação entre os países.