Pezão desmente recebimento de recursos de federação de transporte
Em nota, Pezão disse hoje (21) registrar com veemência a sua indignação e enfatizou que as informações são mentirosas
Agência Brasil
Publicado em 21 de novembro de 2017 às 22h15.
O governador do Rio de Janeiro , Luiz Fernando Pezão, rebateu as informações divulgadas na imprensa sobre suposto recebimento de recursos ilícitos da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor).
Em nota, Pezão disse hoje (21) registrar com veemência a sua indignação e enfatizou que as informações são mentirosas.
"Jamais estive com o delator Edimar Moreira Dantas, de cuja existência não tenho conhecimento, assim como nunca enviei qualquer emissário para qualquer tipo de negociação ou operação com esse citado senhor ou com aquela Federação", afirmou.
As notícias publicadas na imprensa tratam do depoimento do funcionário do doleiro Álvaro José Novis, que administrava conta para pagamento de propinas.
O doleiro é apontado como operador do esquema criminoso que envolve o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. Conforme as planilhas entregues ao Ministério Público Federal, o governador teria recebido R$ 4,8 milhões em cinco parcelas, após ter assumido o governo do estado.
De acordo com o governador, as afirmações atribuídas à delação carecem de provas e completou que, por serem mentirosos, os fatos narrados serão impossíveis de comprovação. "As inverídicas afirmações do delator atendem a interesses de pessoas que, tendo sido comprovadamente envolvidas em atividades ilegais, pretendem envolver o meu nome nos processos nos quais estão citadas para garantir que seus julgamentos ocorram em instâncias superiores", completou na nota.
Para Pezão, o instrumento legítimo da delação tem sido utilizado, muitas vezes, para envolvimento de pessoas inocentes em situações nas quais jamais tiveram participação de fato, como é o caso das acusações que foram atribuídas a ele. O governador se refere, neste caso, a seu assessor Luiz Carlos Barreto, que seria a pessoa que recebia os repasses dos pagamentos da propina, segundo o delator.
"Importante ressaltar que nos períodos citados pelo delator, o funcionário Luiz Carlos Barroso, citado inveridicamente como operador, estava em tratamento médico de um câncer na tireoide", garantiu o governador.