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Perícia: 30 dias; Loures devolve a mala…

Perícia de 30 dias A perícia dos áudios de Joesley Batista, entregues à Procuradoria-Geral da República como parte do acordo de delação premiada, durará 30 dias. O ministro Edson Fachin foi informado do prazo pela Polícia Federal, em ofício assinado pelo delegado Josélio Azevedo de Souza. Além da conversa do empresário com o presidente Michel […]

Ex-deputado Rocha Loures, preso na Lava Jato (Câmara dos Deputados/Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2017 às 18h47.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h05.

Perícia de 30 dias

A perícia dos áudios de Joesley Batista, entregues à Procuradoria-Geral da República como parte do acordo de delação premiada, durará 30 dias. O ministro Edson Fachin foi informado do prazo pela Polícia Federal, em ofício assinado pelo delegado Josélio Azevedo de Souza. Além da conversa do empresário com o presidente Michel Temer, podem ser analisados também os arquivos de diálogos com o senador Aécio Neves (PSDB-MG), mas o prazo deve se estender até 60 dias. A suspensão de inquérito pedida por Temer foi retirada ontem. Com o intervalo, o presidente ganha tempo para reaglutinar a base, retomar as reformas e convencer o Congresso que tem condições de continuar no cargo.

Veja também

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Apareceu a mala

Os advogados do deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), flagrado por uma ação controlada da PGR que compõe a delação premiada dos irmãos Batista, da J&F, devolveram a mala de dinheiro entregue ao parlamentar em abril. Joesley Batista afirma que Rocha Loures foi indicado pelo presidente para tratar de assuntos de interesse da JBS. Auxiliar próximo de Temer, Rocha Loures recebeu na ocasião 500.000 reais em dinheiro vivo como adiantamento do acordo. Nesta terça-feira, foram devolvidos 465.000 reais.

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Operação Panatenaico

A Polícia Federal deflagrou nova operação nesta terça-feira que apura a formação de um cartel entre empreiteiras para burlar licitação e desviar recursos de obras do Estádio Nacional Mané Garrincha para a Copa do Mundo de 2014. Foi formado um esquema para que, de forma antecipada, fosse definido que as obras seriam realizadas por consórcio entre Andrade Gutierrez e Via Engenharia. O ex-vice-governador do Distrito Federal, Tadeu Filippelli (PMDB), atual assessor especial do presidente Michel Temer, e os ex-governador José Roberto Arruda (PR) e Agnelo Queiroz (PT) foram presos. Outros 13 investigados tiveram 60 milhões de reais bloqueados na Justiça. Antes orçado em 600 milhões de reais, o estádio ficou pronto ao custo de 1,5 bilhão de reais, um superfaturamento de 900 milhões de reais por meio de procedimentos simulados em contratos aprovados por três gestões do governo do DF.

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A foto de Duque

A defesa do ex-diretor da Petrobras Renato Duque apresentou uma foto à Justiça Federal dele com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para provar que tinha trânsito com o petista quando ocupava cargo na estatal. O retrato mostra Lula de bigode, visual adotado enquanto o ex-presidente lutava contra um câncer na laringe, entre 2011 e 2012. A ideia é contestar depoimento do ex-presidente ao juiz Sergio Moro no início do mês, em que foi dito que a dupla havia se encontrado apenas depois da deflagração da Lava-Jato e que os encontros não eram regulares. A defesa de Lula chama a atitude de “desespero dos acusadores”. Duque, que tenta firmar um acordo de delação premiada, renunciou a valores que tinha depositados em bancos na Suíça e em Mônaco.

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Cabral recordista

O ex-governador Sérgio Cabral foi denunciado pela nona vez na Operação Lava-Jato. Ao lado de outros nove acusados, o peemedebista é acusado de receber quase 47 milhões de reais de propina da Carioca Engenharia em troca de fraudes em licitações e superfaturamento de obras públicas. Foram ao menos três grandes obras no estado: reurbanização da Rocinha, obra do PAC, construção do Arco Metropolitano e construção da Linha 4 do Metrô, que liga as zonas Sul e Oeste da capital. A propina era de 1% sobre o valor do contrato.

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Maluf condenado

O deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) foi condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal a 7 anos, 9 meses e 10 dias de prisão em regime fechado e à perda do mandato na Câmara dos Deputados por lavagem de dinheiro. O caso trata de movimentações bancárias de 15 milhões de dólares orquestrados pelo ex-prefeito de São Paulo entre 1998 e 2006 em contas na ilha de Jersey. Os recursos teriam sido desviados de obras na Avenida Águas Espraiadas, tocadas pelas construtoras OAS e Mendes Júnior. O prejuízo ao erário foi de 1 bilhão de dólares. Maluf pode recorrer aos embargos de declaração para não ser preso imediatamente. Os advogados tentam também liberar o deputado do regime fechado em virtude da idade: 85 anos.

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Reinaldo Azevedo e Andrea Neves

Reportagem do site BuzzFeed Brasil desta terça-feira traz diálogos grampeados pela Procuradoria-Geral da República entre o jornalista Reinaldo Azevedo e a irmã de Aécio Neves, Andrea, captados a pedido da Operação Lava-Jato. O assunto é justamente as graves acusações contra Aécio, na delação da Odebrecht, mas a PF não considerou indícios de crimes na conversa. Ainda assim, a PGR anexou a conversa a inquérito que corre contra Aécio e Andrea. A publicação da medida fere o sigilo de fonte garantido a jornalistas. “Há uma agressão a uma das garantias que tem a profissão. A menos que um crime esteja sendo cometido, o sigilo da conversa de um jornalista com sua fonte é um dos pilares do jornalismo”, disse o colunista. Em trechos da conversa, Azevedo critica capa da revista VEJA, onde mantinha blog de análise política, que trazia uma denúncia ao senador mineiro. O constrangimento fez com que se demitisse.

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