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Para técnicos do IPCC, seca em SP é situação extrema

A longo prazo, os estudos indicam que a chuva vai aumentar na Região Sudeste, mas ainda não há previsão de solução para a estiagem atual


	Solo ressecado: para um dos autores de relatório do IPCC, previsão do tempo é mais difícil nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do que em outras regiões do país
 (Nacho Doce/Reuters)

Solo ressecado: para um dos autores de relatório do IPCC, previsão do tempo é mais difícil nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do que em outras regiões do país (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2014 às 18h27.

Rio - A seca que atinge o estado de São Paulo é considerada uma "situação extrema" pelos técnicos brasileiros que trabalharam na formulação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), documento mundial que teve um relatório divulgado hoje.

A longo prazo, os estudos indicam que a chuva vai aumentar na Região Sudeste, mas ainda não há previsão de solução para a estiagem atual.

"A situação que mais se assemelha à seca atual foi em 2001, mas naquele ano houve chuva muito acima da média em maio, mês que normalmente é de pouca chuva. Neste ano não deve chover assim, a seca deve se prolongar", diz José Marengo, chefe do Centro de Ciência do Sistema Terrestre do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e um dos autores do novo relatório do IPCC.

"Trabalhamos com uma previsão do tempo de até três meses. Qualquer previsão para mais tempo que isso não é confiável. E não há sinal de que até junho vá chover como em 2001", disse Marengo.

Segundo ele, a previsão do tempo é mais difícil nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do que nas outras regiões do país, devido às condições geográficas e aos elementos influenciadores do clima.

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