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Padilha nega que Lira tenha pedido ministério da Saúde a Lula

Padilha confirmou que a reformulação dos ministérios do União Brasil está na pauta do governo, em meio à iminente demissão da ministra do Turismo, Daniela Carneiro

Brasília (DF), 10-04-2023 – O ministro de Estado Chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha, participa do programa Sem Censura da TV Brasil. Foto Valter Campanato/Agência Brasil. (Valter Campanato/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 19 de junho de 2023 às 14h08.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que haverá uma reunião com líderes do União Brasil nesta semana, em meio ao desejo do partido de reformulação dos indicados à Esplanada. O ministro, contudo, negou que o presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), tenha pedido a chefia do Ministério da Saúde.

"Em nenhum momento Arthur Lira reivindicou qualquer ministério, temos que ser justos em relação a isso", disse Padilha a jornalistas, após reunião no período da manhã com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio da Alvorada. "Lula, em nenhum momento, colocou Ministério da Saúde como cota partidária de qualquer partido."

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Padilha confirmou que a reformulação dos ministérios do União Brasil está na pauta do governo, em meio à iminente demissão da ministra do Turismo, Daniela Carneiro, e à nomeação do deputado federal Celso Sabino (União Brasil-PA) para os próximos dias.

No sábado, 17, o parlamentar se reuniu com o chefe do Executivo no Pará. O encontro foi o primeiro entre ambos. "Esse governo respeita parlamentares e quer o melhor diálogo possível", disse o ministro.

Apesar dos acenos de Lula de que haverá a substituição de Daniela no Turismo para melhorar a relação do governo na Câmara, especialmente com o União Brasil, deputados avaliam que a troca envolve uma pasta "pequena" e não resolve o problema do Executivo. Há algumas semanas, o Centrão já tem se movimentado para controlar o Ministério da Saúde, pasta com um orçamento de R$ 188,3 bilhões neste ano e que foi por muito tempo feudo do PP de Lira.

Votação do arcabouço é prioridade absoluta no Senado

Padilha disse ter expectativa que a votação do novo marco fiscal no Senado seja encerrada nesta semana. Na avaliação do ministro, a proposta está bem calibrada e combina responsabilidade fiscal e social e é a "prioridade absoluta no Senado". A proposta do arcabouço fiscal está prevista para ser votada pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) na terça-feira, 20. Em seguida, deve ir a plenário.

De acordo com Padilha, a reunião da manhã desta segunda-feira, 19, com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, tratou sobre a agenda no Congresso para esta semana.

No Senado, há previsão de que a votação da Medida Provisória (MP) do Mais Médicos seja feita na terça, concluindo a recriação de todos os programas sociais, conforme plano traçado pelo governo. Para ele, há um ambiente favorável para a conclusão da votação.

Na Casa comandada por Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também há expectativa da sabatina do advogado Cristiano Zanin, indicado de Lula para vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).

A análise do governo, segundo Padilha, é de um ambiente muito positivo no Senado. De acordo com o ministro, a indicação de Zanin também foi bem recebida por senadores que fazem parte da oposição.

Já na Câmara, Padilha também citou a importância da votação do Projeto de Lei (PL) de urgência do Carf. De acordo com ele, o PL "passa a trancar a pauta nesta semana". "Na medida que tranca a pauta, há uma necessidade de votação o mais rápido possível", declarou. "É fundamental que relator do PL do Carf apresente parecer para negociar votação", afirmou o ministro.

CPMI dos Atos Golpistas

Padilha ainda comentou a previsão de a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas ouvir nesta semana o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques. Ele é suspeito de bloquear estradas propositalmente no dia das eleições para prejudicar o então candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva.

O ministro afirmou que a CPMI vai "enterrar a teoria terraplanista" de transformar vítimas em culpados e vai provar que os atos golpistas começaram a ser planejados após as eleições, e não foram um acidente do dia 8 de janeiro.

Encontro de Lula com Alcolumbre e Pacheco

O chefe da articulação política do governo ainda esclareceu que não há previsão de encontro de Lula com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o senador Davi Alcolumbre, que estava prevista para esta segunda pela manhã.

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