Oposição recolhe assinaturas para convocar Guedes para a CCJ
Objetivo do bloco é obrigar a participação do ministro da Economia na reunião da Comissão
Estadão Conteúdo
Publicado em 26 de março de 2019 às 13h20.
Última atualização em 26 de março de 2019 às 15h08.
Brasília — O líder da oposição, o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), recolhe assinaturas para retomar um requerimento que o partido havia feito para convocar o ministro da Economia, Paulo Guedes , para a Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça (CCJ).
O requerimento do partido tinha sido transformado em convite, por meio de uma articulação do líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO).
A diferença é que em uma convocação o ministro seria praticamente obrigado a comparecer. Já o convite é visto como uma medida mais "amigável" e pode ser recusada, como ocorreu nesta terça-feira, 26.
O requerimento do PSB não chegou a ser apreciado. Molon quer apresentar um extra pauta para votar o requerimento de convocação e forçá-lo a vir.
Além disso, os deputados do PSOL que são titular e suplente da CCJ, Talíria Perone e Marcelo Freixo (RJ), já apresentaram outro requerimento de convocação do ministro.
Guedes decide esperar
Paulo Guedes desistiu de ir nesta terça-feira à CCJ para defender a reforma da previdência . De acordo com fontes, o governo ainda avalia o melhor momento da ida do ministro, em meio à indefinição no colegiado do nome do relator da reforma da Previdência.
Os mercados reagiram à notícia no início da tarde. O dólar passou a subir ante o real, assim como os DIs adotaram viés de alta, enquanto o Ibovespa se afastou das máximas.
Em nota, o Ministério da Economia esclareceu que a "equipe técnica e jurídica da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho estaria à disposição para representar o ministro Paulo Guedes na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados para esclarecer pontos da PEC (Proposta de Emenda à Constituição)”, disse a pasta.
De acordo com fontes, o governo ainda avalia o melhor momento da ida do ministro, em meio à indefinição no colegiado do nome do relator da reforma da Previdência.