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Oposição promete obstruir votação de projeto da Terceirização

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), quer votar a proposta nesta quarta-feira, 22

Deputado José Guimarães (PT-CE) na Câmara, em Brasília (Gabriela Korossy/Câmara dos Deputados/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de março de 2017 às 21h44.

Brasília - A oposição na Câmara anunciou nesta tarde que vai obstruir a votação do projeto de 1998 que regulamenta a terceirização em empresas privadas e no serviço público.

O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), quer dar início à discussão da proposta ainda nesta terça-feira, 21, no plenário e votá-la nesta quarta-feira, 22.

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"O kit obstrução será amplo e irrestrito", anunciou o líder da Minoria, José Guimarães (PT-CE).

O petista chamou o projeto de "defunto velho" e "porcaria" do governo Fernando Henrique Cardoso e disse que a proposta precariza as relações trabalhistas.

"Só quem ganha com esse projeto é o capital", afirmou. Juntos, os partidos de oposição somam aproximadamente 100 deputados na Câmara.

A líder do PCdoB, Alice Portugal (BA), lembrou que a Comissão do Trabalho deu parecer contrário à proposta e acusou Maia de agir como líder do governo em defesa de um projeto "antigo e inadequado". "Só nos resta obstruir", declarou.

O líder da bancada do PSOL, Glauber Braga (RJ), contou que na reunião de líderes partidários nesta tarde só dois partidos governistas, o PMDB e o PP, apoiaram a iniciativa de votação do projeto nesta terça-feira, o que teria causado constrangimento entre os outros aliados do governo.

Ele também relatou que a presidência da Câmara proibiu que manifestantes acompanhem a votação nas galerias.

"Não existe qualquer possibilidade de votar essa matéria na Câmara", enfatizou.

Entre os governistas, o líder do PSDB, Ricardo Tripoli (SP), afirmou que a bancada votará à favor da terceirização.

Segundo o tucano, o relator deve juntar os projetos do Senado e da Câmara e vai apresentar o parecer no plenário amanhã.

"Pronto, ele (projeto) vai oferecer mais oportunidades à sociedade para a geração de novos empregos", defendeu.

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