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Oposição inicia coleta de assinaturas para criar CPI

Alvaro Dias, do PSDB, quer também que a Polícia Federal quebre o sigilo telefônico de Rosemary de Noronha, facilitadora do esquema

Álvaro Dias, do PSDB, disse não ter falsas expectativas, pois já sabe que precisa de apoio de governistas para criar a comissão (José Cruz/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2012 às 17h26.

Brasília - As bancadas do PSDB e do DEM iniciam nesta terça-feira (4) a coleta de assinaturas para criar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) encarregada de aprofundar as investigações sobre o esquema de venda de pareceres técnicos em órgãos públicos.

Chamada de CPI da Rosemary, por ter na ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Nóvoa de Noronha, a principal facilitadora do esquema, a comissão de senadores tentará apurar a participação de antigos e atuais aliados do governo, além dos que foram identificados pela Polícia Federal. É o caso dos ex-diretores da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da Agência Nacional de Águas, Paulo Rodrigues Vieira e Rubens Rodrigues Viera, apontados como chefes da quadrilha, e do número dois da Advocacia-Geral da União José Weber de Holanda.

O líder do PSDB, senador Alvaro Dias (PR), lembra que a Polícia Federal não quebrou o sigilo telefônico de Rosemary, ao contrário do que ocorreu com os demais envolvidos. "A intercepção telefônica é um ritual de qualquer investigação policial e os telefones de uma peça essencial da quadrilha (Rosemary) não foram interceptados", critica. "É um peso e duas medidas", sustenta, ao explicar os motivos de criação da CPI.

O senador afirma que é notória a relação de Rosemary com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Ela foi nomeada por ele, mantida no cargo por ele, ele foi seu advogado para que se mantivesse no cargo no governo Dilma, e todas as investigações da Polícia Federal demonstram existir uma proximidade íntima do ex-presidente com a ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo".


Alvaro Dias reitera as dificuldades em conduzir uma CPI contra a maioria de senadores aliados do governo. "Nós não criamos falsas expectativas, sabemos que não temos o número suficiente de assinaturas e que dependemos dos governistas", explica. Lembra, no caso, que PSDB e DEM possuem apenas 14 senadores, mais o apoio do senador do PSOL Randolfe Rodrigues (AP).

Ficam faltando 12 assinaturas para se atingir o mínimo necessário de 27 apoiadores para criar a comissão. O número para a criação de uma CPI costuma ser alcançado com o apoio de filiados a partidos da base, como Jarbas Vasconcelos (PE) e Pedro Simon (RS) do PMDB; Pedro Taques (MT) e Cristovam Buarque (DF) do PDT; e de outros parlamentares governistas.

O líder tucano reforça que, na pior das hipóteses, o requerimento da CPI da Rosemary vai mostrar à população brasileira quem no Senado compactua com o esquema e quem é contrário.

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Chamada de CPI da Rosemary, por ter na ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Nóvoa de Noronha, a principal facilitadora do esquema, a comissão de senadores tentará apurar a participação de antigos e atuais aliados do governo, além dos que foram identificados pela Polícia Federal. É o caso dos ex-diretores da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da Agência Nacional de Águas, Paulo Rodrigues Vieira e Rubens Rodrigues Viera, apontados como chefes da quadrilha, e do número dois da Advocacia-Geral da União José Weber de Holanda.

O líder do PSDB, senador Alvaro Dias (PR), lembra que a Polícia Federal não quebrou o sigilo telefônico de Rosemary, ao contrário do que ocorreu com os demais envolvidos. "A intercepção telefônica é um ritual de qualquer investigação policial e os telefones de uma peça essencial da quadrilha (Rosemary) não foram interceptados", critica. "É um peso e duas medidas", sustenta, ao explicar os motivos de criação da CPI.

O senador afirma que é notória a relação de Rosemary com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Ela foi nomeada por ele, mantida no cargo por ele, ele foi seu advogado para que se mantivesse no cargo no governo Dilma, e todas as investigações da Polícia Federal demonstram existir uma proximidade íntima do ex-presidente com a ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo".


Alvaro Dias reitera as dificuldades em conduzir uma CPI contra a maioria de senadores aliados do governo. "Nós não criamos falsas expectativas, sabemos que não temos o número suficiente de assinaturas e que dependemos dos governistas", explica. Lembra, no caso, que PSDB e DEM possuem apenas 14 senadores, mais o apoio do senador do PSOL Randolfe Rodrigues (AP).

Ficam faltando 12 assinaturas para se atingir o mínimo necessário de 27 apoiadores para criar a comissão. O número para a criação de uma CPI costuma ser alcançado com o apoio de filiados a partidos da base, como Jarbas Vasconcelos (PE) e Pedro Simon (RS) do PMDB; Pedro Taques (MT) e Cristovam Buarque (DF) do PDT; e de outros parlamentares governistas.

O líder tucano reforça que, na pior das hipóteses, o requerimento da CPI da Rosemary vai mostrar à população brasileira quem no Senado compactua com o esquema e quem é contrário.

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