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Operação do MP mira Queiroz e ex-assessores de Flávio nesta quarta

Entre os ex-assessores que sofrem mandado de busca e apreensão nesta quarta estão parentes da ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro

Flávio Bolsonaro: atual senador era chefe de Fabrício Queiroz (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
AO

Agência O Globo

Publicado em 18 de dezembro de 2019 às 07h38.

Última atualização em 18 de dezembro de 2019 às 10h47.

Rio de Janeiro — O Ministério Público do Rio de Janeiro cumpre na manhã desta quarta-feira (18) diversos mandados de busca e apreensão em endereços de ex-assessores do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) tanto na capital como em Resende, no Sul do Estado do Rio.

As medidas cautelares foram pedidas na investigação sobre lavagem de dinheiro e peculato (desvio de dinheiro público) no âmbito do antigo gabinete do senador, quando ele ainda era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio.

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São alvo das medidas cautelares os endereços de Fabrício Queiroz , ex-chefe da segurança de Flávio, seus familiares e ainda parentes de Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro.

As medidas cautelares desta quarta-feira atingem sobretudo ex-assessores que também tiveram sigilo fiscal e bancário quebrado pelo Tribunal de Justiça do Rio em abril.

A defesa de Fabrício Queiroz disse ter recebido a informação a respeito da recente medida de busca apreensão com "tranquilidade" e ao mesmo tempo "surpresa" e a classificou de "absolutamente desnecessária".

Em nota, o Ministério Público do Rio de Janeiroinformou que foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão no âmbito da investigação sobre Queiroz.

Investigações retomadas

No fim de novembro, um julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou o compartilhamento irrestrito de dados sigilosos de órgãos de controle financeiro como a Unidade de Inteligência Financeira (UIF), antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), e a Receita Federal sem prévia autorização judicial.

Com a decisão, as investigações envolvendo Flávio e Queiroz, que estavam suspensas desde julho à espera desse julgamento, foram retomadas.

Em dezembro de 2018, um relatório do Coaf apontou uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhões na conta do senador, quando ainda era deputado estadual.O documento aponta Queiroz como responsável pelas movimentações.

Para ter acesso às informações, o Coaf repassou ao Ministério Público dados bancários do então deputado, o que sua defesa identificou como “quebra de sigilo fiscal e bancário”.

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