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OIE descarta surto de vaca louca no Brasil

Organização Mundial de Saúde Animal considerou atípico caso registrado no frigorífico da JBS, dona da marca Friboi


	Bois: Caso da JBS foi considerado atípico porque o animal não desenvolveu a doença e não morreu por causa dela
 (Mitchell/Getty Images)

Bois: Caso da JBS foi considerado atípico porque o animal não desenvolveu a doença e não morreu por causa dela (Mitchell/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2014 às 09h51.

Brasília - A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês) confirmou como "atípico" o caso de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) no frigorífico da JBS, dona da marca Friboi, em Mato Grosso. Isso afasta a hipótese de o animal ter contraído a doença pela ingestão de alimento e um surto no País.

O resultado foi divulgado pelo Ministério da Agricultura. Em nota, ele também ressaltou que não houve "diagnóstico conclusivo que possa ser usado para classificá-lo de forma inequívoca até o momento". Ou seja, a OIE não conseguiu identificar a origem da doença e optou por respaldar os exames feitos pelo laboratório da rede estatal Lanagro, em Recife.

O laboratório brasileiro classificou o caso como atípico devido ao fato de o animal não ter desenvolvido a doença nem ter morrido por causa dela. O Lanagro detectou que uma deficiência na formação de proteína, a chamada marcação priônica, se desenvolveu por causa da idade avançada do animal - ela ocorre normalmente em bovinos acima de dez anos, por causa do envelhecimento das células. A vaca nelore tinha 12 anos.

O caso clássico da doença ocorre em rebanhos mais jovens, de até 7 anos, que é a média de idade-limite dos animais comercializados no mercado. Nesses casos, a enfermidade pode ser causada pela alimentação à base de farinha de osso e carne.

"A manifestação do laboratório corrobora com as investigações epidemiológicas desenvolvidas a campo de que se trata de um caso espontâneo e previsível, que não tem qualquer correlação com a ingestão de alimento contaminado, e que pode ser detectado em qualquer país do mundo que tenha um sistema de vigilância robusto transparente como o do Brasil", disse o ministério em nota. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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