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O que Boulos, França e Covas disseram durante a votação deste domingo

Os principais candidatos à Prefeitura de São Paulo votaram neste domingo, 15; saiba o que cada um disse

 (Suamy Beydoun / AGIF/AFP)

(Suamy Beydoun / AGIF/AFP)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de novembro de 2020 às 12h54.

Os principais candidatos à Prefeitura de São Paulo votaram neste domingo, 15. Guilherme Boulos (PSOL-SP), votou por volta das 10h40 na Pontifícia Universidade Católica (PUC), no bairro de Perdizes. Em rápida fala a jornalistas, Boulos disse que em um eventual segundo turno, com paridade de tempo no horário eleitoral e debates em todas as grandes redes de TV, terá mais condições de virar o resultado das pesquisas, que apontam o favoritismo do prefeito Bruno Covas (PSDB).

"Chegamos até aqui em segundo lugar nas pesquisas com 17 segundos na TV, sem apoio da máquina dos governos federal e estadual só com engajamento de gente de verdade, sem robôs, sem fake news. Imagine no segundo turno quando 17 segundos virarem 10 minutos todo dia, com debate em todas as grandes redes de TV, olho no olho", disse o candidato.

Covas, atual prefeito, seguia em ascensão, com 37% das intenções de voto, segundo a última pesquisa da Datafolha divulgada no sábado.

Covas acompanhou ex-prefeita Marta Suplicy (sem partido) em saída para votar no colégio Madre Alix, no bairro Jardim Paulistano. Em um gesto que simboliza a ideia de formar uma “frente ampla”, o prefeito começará o dia com um café da manhã na residência de Suplicy , que assumiu a missão de reunir apoios para o tucano entre personalidades e lideranças.

Em seguida, seguiu até Higienópolis, bairro nobre da capital para acompanhar a votação de FHC, e foi ao encontro de Doria. “A coligação que represento se chama 'Todos por São Paulo'. Esses três – Marta, FHC e Doria – mostram exatamente isso, a ampliação de esforços”, disse ele.

Já Márcio França tentou se afastar de qualquer noção entre "esquerda e direita" que possa tomar conta das eleições neste domingo. O candidado à prefeitura de São Paulo afirmou que “procurou criar um eixo que é mais ou menos um segundo centro”. "Tem o centro que (o atual prefeito) Bruno (Covas) ocupa, e a gente criou um segundo centro, que é uma novidade no Brasil” afirmou. “Você tem um extremo do PSOL, um extremo do Russomanno. E a gente fez um segundo centro aqui no meio, que eu tenho chamado de centro de bom senso”, acrescentou.

Por sua vez, Celso Russomanno, votou às 11 horas em um colégio na região do Morumbi, zona sul de São Paulo, e fez discursos já destacando dificuldades que sua campanha teve ao longo destas eleições, mas disse acreditar que ainda irá para o segundo turno. Sem provas, ele atribui o desempenho negativo nas pesquisas a supostas fake news das quais seria alvo.

"É patente o quanto eu fui vítima de fake news, uma quantidade imensa", disse o candidato. Ele disse ainda que, com menos recursos, não teve uma campanha digital como os demais. "Não teve impulsionamento (digital)", declarou.

A última pesquisa

Boulos aparece em segundo lugar com 17%. Celso Russomanno (Republicanos), que disputava a segunda posição, recuou de 14% para 13%. Já Márcio França (PSB) passou de 12% para 14%. Com a margem de erro de dois pontos percentuais, os três candidatos continuam tecnicamente empatados na segunda posição.

O petista Jilmar Tatto (PT) marcou 6%, mesmo porcentual de Arthur do Val (Patriota). Joice Hasselmann (PSL) tem 3% e Andrea Matarazzo (PSD) tem 2%. Os demais candidatos têm 1% ou menos.

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