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O périplo das concessões

Um dos preceitos do presidente interino Michel Temer era acabar com a insegurança para atrair de volta os investimentos que o país tanto precisa. Mas as indefinições, como se vê, estão firmes e fortes. Por isso, o governo tem intensificado o esforço junto ao mercado financeiro para mostrar que o Brasil vale a pena. Segundo […]

MOREIRA FRANCO: posse do novo ministro de Temer foi suspensa provisoriamente pela Justiça Federal / Adriano Machado/ Reuters (Adriano Machado/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2016 às 06h25.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h05.

Um dos preceitos do presidente interino Michel Temer era acabar com a insegurança para atrair de volta os investimentos que o país tanto precisa. Mas as indefinições, como se vê, estão firmes e fortes. Por isso, o governo tem intensificado o esforço junto ao mercado financeiro para mostrar que o Brasil vale a pena.

Segundo jornal Valor, Temer quer apresentar ainda em julho um projeto de lei para mudar as regras de financiamento das concessões e atrair mais bancos privados. Os projetos serão responsáveis pelas garantias, tirando o peso dos acionistas, sistema que causa pânico em investidores e financiadores.

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Em paralelo, o secretário-executivo do Programa de Parceria de Investimentos (PPI), Moreira Franco, faz um périplo para destravar as concessões. Ontem, para uma plateia de 300 investidores no Citi Equity Conference, em São Paulo, falou sobre a necessidade de regras claras e diálogo para atrair investimentos privados. “A ansiedade não vai mais fazer parte da nossa rotina. Precisamos trabalhar com prazos mais longos”, afirmou. Um dos maiores desafios, segundo ele, é criar projetos com números confiáveis para atrair os estrangeiros.

A ideia do governo, afirmou Moreira Franco, é alongar os prazos dos leilões de infraestrutura. Hoje, hoje entre a publicação do edital e a realização do leilão passam-se 45 dias. O objetivo é estender para até 180 dias para dar transparência ao projeto e ouvir todas as partes. Nos bastidores, executivos gostam da aproximação com o governo. Mencionam que antes, com Dilma Rousseff, viajavam a Brasília para ouvir “monólogos”. Moreira Franco e os investidores concordam em outro ponto: antes da votação final do impeachment no Senado, as chances de algum projeto sair do papel são zero.

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