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O fator Cunha; Rombo chega a 150 bi…

O fator Cunha O presidente interino Michel Temer definiu o deputa do André Moura (PSC-SE) como líder do governo na Câmara, segundo o jornal Folha de S.Paulo. Moura é um dos deputados que tenta barrar a cassação do presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ele recebeu apoio do PMDB e dos partidos de centro (PP, […]

WALDIR MARANHÃO: ele voltou a dizer que não renuncia à presidência da Câmara / Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

WALDIR MARANHÃO: ele voltou a dizer que não renuncia à presidência da Câmara / Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

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Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2016 às 07h02.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h56.

O fator Cunha

O presidente interino Michel Temer definiu o deputa do André Moura (PSC-SE) como líder do governo na Câmara, segundo o jornal Folha de S.Paulo. Moura é um dos deputados que tenta barrar a cassação do presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ele recebeu apoio do PMDB e dos partidos de centro (PP, PR, PSD e PTB). PSDB, DEM e PPS defendem a indicação de Rodrigo Maia (DEM-RJ). No Senado, as favoritas para a liderança do governo são as senadoras Ana Amélia (PP-RS) e Simone Tebet (PMDB-MS) — a escolha seria uma resposta às críticas que o governo tem sofrido pela falta de mulheres no alto escalão.

Maranhão: não há renúncia

O clima foi quente na Câmara nesta terça-feira. O presidente interino Waldir Maranhão (PP-MA) sofreu forte pressão para renunciar ao cargo. O líder do DEM na Casa, Pauderney Avelino, disse na tribuna que Maranhão estava envergonhando o Brasil. O presidente interino ouviu uma saraivada de vaias quando encerrou, mais uma vez, abruptamente a sessão.

A conta sobe

Uma nova conta da equipe econômica estima que o rombo fiscal deixado pela presidente Dilma Rousseff para 2016 pode chegar a 150 bilhões de reais. O número inicial era de 96,7 bilhões, mas no final de semana o novo governo já trabalhava com o número de 120 bilhões de reais. Aprovar o déficit é um dos grandes pepinos deste início de governo.

Escuta no Supremo

A segurança do Supremo Tribunal Federal localizou uma escuta ambiental desativada dentro do gabinete do ministro Luís Roberto Barroso. O aparelho foi encontrado há duas semanas, mas a notícia só foi divulgada hoje. Barroso foi relator, recentemente, do processo que definiu o rito do impeachment da presidente Dilma Rousseff e também criticou a cúpula de poder do PMDB. A assessoria do tribunal informou que a origem do equipamento não será investigada nem quando ele foi colocado no local.

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Impeachment de Temer

O ministro Marco Aurélio Mello liberou para que o plenário do Supremo Tribunal Federal analise a liminar emitida por ele que obriga a Câmara a dar prosseguimento ao processo de impeachment de Michel Temer. Cabe ao presidente da corte, Ricardo Lewandowski, programar a data para o julgamento. Mello concedeu a liminar a pedido do advogado Mariel Marley Marra, que alega que os crimes supostamente cometidos por Dilma na Presidência também foram cometidos por Temer. Mesmo com a liminar emitida no dia 5 de abril, o processo contra Temer continua parado na Câmara.

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Qual vai ser o imposto?

Dificilmente o Brasil conseguirá estabilizar suas contas sem um novo imposto, mas qual será o escolhido ainda é um mistério. A CPMF, sobre movimentações financeiras, era a mais cotada, mas Temer estaria avaliando o aumento da alíquota da Cide, que incide sobre os combustíveis. Na tarde desta terça, o presidente disse a líderes dos partidos governistas que deve retirar do Congresso a PEC que recriaria a CPMF. A criação de um imposto é um dos pontos no quais Temer deve encontrar mais resistência de deputados e senadores.

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Não, obrigado

Duas figuras com reconhecimento na área cultural usaram suas redes sociais nesta terça-feira para dizer que recusaram sondagens para ocupar a Secretaria Nacional de Cultura do governo de Michel Temer: a antropóloga Cláudia Leitão, ex-secretária Nacional de Economia Criativa da Cultura e ex-secretária do tema no Ceará, e a consultora Eliane Costa, coordenadora de pós-graduação da FGV. Ambas criticaram o fim da pasta e Costa chegou a dizer que não seria a “coveira do MinC”. Em protesto contra o fim do ministério da Cultura, manifestantes ocupam prédios públicos em ao menos oito capitais.

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A autocrítica do PT

O Partido dos Trabalhadores reuniu-se nesta terça-feira em Brasília. Sua cúpula afirmou que vai divulgar uma resolução fazendo uma autocrítica da atuação do partido. O PT dirá que a presidente afastada Dilma Rousseff cometeu equívocos na gestão do país e que não fez as reformas política, tributária e de democratização dos meios de comunicação. Os petistas também reconhecerão o esgotamento do modelo econômico bem-sucedido de 2003 a 2010. Ao falar de corrução, o PT falará que terminou envolvido em “práticas dos partidos políticos tradicionais” e que foi contaminado pelo financiamento empresarial de campanhas.

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Ilan só na semana que vem

A indicação de Ilan Goldfajn para a presidência do Banco Central só deve começar a ser avaliada pelo Senado na próxima semana. A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado precisa apontar um relator para avaliar o escolhido, organizar uma sabatina com Goldfajn e votar a indicação do executivo. A presidente do CAE, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), está em Portugal.

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Abilio no Carrefour

O conselho de administração do Carrefour aprovou, com 90% dos votos nesta terça-feira, a escolha do empresário Abilio Diniz como membro do conselho de administração da companhia. Abilio é o terceiro maior acionista da varejista, atrás de Bernard Arnault e do fundo Colony Capital, com 8% do capital da empresa.

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Recompra na moda

As companhias americanas compraram as próprias ações como nunca no primeiro trimestre deste ano. A taxa de recompras cresceu 20% em comparação aos últimos três meses de 2015 e é 31% maior do que a registrada no mesmo período do ano passado, segundo dados preliminares da S&P Dow Jones Indices. Apple, General Eletric, McDonald’s e Boeing estão entre as principais companhias adotando essa estratégia.

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Processem os sauditas

O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira uma lei que permite que famílias de vítimas do 11 de Setembro processem o governo da Arábia Saudita por possível participação nos atentados. Apesar de a Arábia Saudita ser o país natal do ex-líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, os sauditas sempre negaram participação nos ataques de 2001. O projeto ainda precisa passar pela Câmara e receber aprovação presidencial. A Casa Branca já manifestou que vetará a medida.

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