São Paulo ruma, a olhos vistos, para um colapso hídrico (REUTERS)
Vanessa Barbosa
Publicado em 19 de novembro de 2014 às 17h26.
São Paulo - Dizem que uma imagem vale por mil palavras. O que dizem, então, os registros feitos pelas lentes dos fotógrafos da Reuters que sobrevoaram, nesta quarta (19), as represas do combalido sistema Cantareira? Margens ressecadas, o surgimento extensivo de terra onde antes havia água, o esqueleto à mostra da estação na represa Atibainha, outrora submerso...São retratos marcantes do colapso hídrico que se aproxima.
Faz pelo menos sete meses que o nível de água do maior sistema de abastecimento de São Paulo não aumenta. Desde sábado, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) bombeia água da segunda cota do volume morto, cujo nível chegou a 10% nesta quarta. Seu esgotamento é questão de semanas. Apesar da ameaça iminente, há uma dificuldade notória do governo paulista em falar de cortes oficiais na oferta de água e em redução compulsória do consumo. Por que o racionamento assusta tanto? E por que SP não declarou estado de emergência ainda? Entenda aqui.