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O decisivo leilão dos aeroportos

Um evento decisivo para o Projeto Crescer, do Programa de Parceria de Investimentos do governo federal, está marcado para as 10h, na sede da BM&F Bovespa, em São Paulo. É o leilão para a concessão dos aeroportos de Porto Alegre, Florianópolis, Salvador e Fortaleza. O governo pretende arrecadar 3 bilhões de reais ao todo – 25% […]

AEROPORTO SALGADO FILHO: o terminal de Porto Alegre é um dos que foram leiloados nesta quinta-feira / Jefferson Bernardes/AFP
DR

Da Redação

Publicado em 16 de março de 2017 às 06h35.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h14.

Um evento decisivo para o Projeto Crescer, do Programa de Parceria de Investimentos do governo federal, está marcado para as 10h, na sede da BM&F Bovespa, em São Paulo. É o leilão para a concessão dos aeroportos de Porto Alegre, Florianópolis, Salvador e Fortaleza. O governo pretende arrecadar 3 bilhões de reais ao todo – 25% disto pago no ato, para ajudar as combalidas contas federais.

O investimento total nos aeroportos deverá ser de 6,6 bilhões de reais e o prazo é de 25 anos para Porto Alegre e 30 anos para os outros três. O aeroporto gaúcho tem uma outorga de 123 milhões e investimento mínimo de 1,9 bilhão; i terminal de Florianópolis tem uma outorga de 211 milhões e um investimento de 960 milhões; Fortaleza tem o mesmo valor para outorga e investimento, de 1,4 bilhão; Salvador será concedido por uma outorga de 1,2 bilhão e exigirá um investimento de 2,3 bilhões.

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Juntos, os quatro terminais movimentaram aproximadamente 24 milhões de passageiros, ou 12,4% do total de pessoas transportadas no ano passado. Eles também são responsáveis por 12,6% das cargas e 8,6% das aeronaves do tráfego aéreo brasileiro. Se os leilões forem confirmados, a participação do setor privado chegará a 60% dos passageiros transportados no Brasil, superando a Infraero, que ficará com 55 aeroportos no seu portfólio, 67% dos quais deficitários.

De 8 grupos que demonstraram interesse na abertura do edital, apenas três continuam no páreo: os franceses da Vinci Airport, que administram 35 terminais, principalmente na França e Portugal, incluindo Lisboa, Porto e Santiago; os alemães da Fraport, que cuidam de dez aeroportos, incluindo Frankfurt, terceiro maior da Europa, e Lima, no Peru; e os suíços da Zürich Flughafen, que cuidam da planta de Zurique. Ou seja: são três grupos para quatro aeroportos, o que pode fazer com que ao menos um terminal fique sem interessados.

Os terminais do Nordeste chamam mais atenção e os técnicos do governo estimam que as propostas ficarão pouco acima do valor mínimo, ao contrário do que aconteceu com o Galeão e Guarulhos, que foram concedidos à iniciativa privada em 2012. Um fracasso no leilão será uma grande derrota para o governo, que precisa de boas notícias para destravar os investimentos no país, e para os sofridos passageiros brasileiros.

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