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"Ninguém é dono do eleitor", diz Dilma

A candidata avalia que não pode abrir mão de apoios para o segundo turno, mas disse que o voto é de cada um

Dilma: candidata voltou a defender reforma política como “maior arma” contra corrupção (Ichiro Guerra/Dilma 13)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2014 às 20h15.

Brasília - A candidata à reeleição pelo PT, presidenta Dilma Rousseff , se reuniu nesta terça-feira (7) com integrantes da base aliada para traçar estratégias para a campanha no segundo turno.

Participaram do encontro 35 senadores e governadores eleitos, presidentes de partidos da base, além de atuais governadores e senadores.

Quanto à possibilidade de Marina Silva (PSB), terceira colocada nas eleições presidenciais, anunciar um possível apoio a Aécio Neves (PSDB), petistas e membros de partidos aliados avaliam que os eleitores da candidata não seguirão necessariamente sua posição.

A candidata Dilma Rousseff avalia que não pode abrir mão de apoios para o segundo turno, mas disse que o voto é de cada um.

“Fico feliz quando me apoiam. Sei perfeitamente, pela experiência política, que ninguém é dono de eleitor”.

Ela disse que faz um diagnóstico “simples e humilde” sobre a baixa votação que obteve em São Paulo.

“Achamos São Paulo um estado muito importante. Eu pretendo dar toda atenção, olhar com muito cuidado, inclusive propostas específicas para São Paulo, e abrir o debate, a discussão e a comunicação em todos os setores de São Paulo”.

Dilma vai começar a busca de votos pelo Nordeste. Nesta quarta-feira (8), ela deve viajar a Teresina e João Pessoa, de onde segue para outras capitais da região.

Para ajudar na campanha, o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, está se licenciando hoje, informou a candidata.

Já o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, que estava de férias até ontem (6), terá novo período autorizado até o próximo dia 17.

A candidata voltou a elogiar os governos do PT, dizendo que com a expansão da classe média foi possível modificar a pirâmide social do país, onde havia mais pobres do que membros das demais classes sociais.

“Isso que transformou o Brasil de forma pacífica e silenciosa, a modificação na distribuição de renda que levou a esse perfil diferenciado”.

Dilma defendeu que os próximos governos devem “melhorar a qualidade do emprego para a classe média brasileira”, sem deixar de olhar para os pobres.

Antes da reunião, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse que este não é o momento para pedir apoio a Marina Silva, mas haveria a possibilidade de o partido convergir algumas de suas propostas caso ela decidisse declarar voto a Dilma.

“É desrespeitoso, no momento em que ela vai se reunir com seu partido, querer mudar esse resultado. Ela tem cabeça para tomar essa decisão, ainda que não seja uma decisão que nos favoreça. Ninguém na política toma decisões por tomar”, disse.

Os partidos da coligação de Marina se reúnem amanhã para discutir os critérios que vão utilizar na escolha.

Perguntado se mudaria seu plano de governo a pedido de Marina, Rui Falcão respondeu: “Se forem alterações que não comprometam nosso ideário, não vejo problema”.

Ele defendeu que a campanha seja focada em um debate de projetos. Em entrevista a jornalistas, Dilma concordou, dizendo que haverá uma discussão de “alto nível” baseada em projetos e nas conquistas de cada um dos dois governos anteriores (PT e PSDB).

Segundo ela, os presentes na reunião debateram as propostas que a candidata tem apresentado para a saúde e segurança pública.

A candidata também voltou a defender a reforma política como a “maior arma” contra a corrupção, ao lado do combate à impunidade.

Para o petista Jaques Wagner, governador da Bahia pelo PT, a disputa envolverá dois projetos políticos que já governaram o país.

Ele não acredita, porém, que quem votou em Marina com a intenção de defender a mudança e uma nova política irão migrar automaticamente para o candidato Aécio Neves, do PSDB.

“Ele é um filme que já foi visto. É outro projeto, mas não é a mudança desejada pelos eleitores da Marina”, disse.

A avaliação é a mesma do ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini.

“[No segundo turno, terão os] mesmos candidatos e projetos, mesma [eleição] de 2006 e 2010. O projeto que melhorou vida do povo e o que piorou. O PSDB aumentou a dívida interna, o Risco Brasil, dívida externa, aumentou desemprego e manteve inflação média acima da nossa. No PT, aumentou emprego, salário, criamos o Bolsa Família, o Pronatec, o Prouni, Luz pra Todos”, alegou.

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Brasília - A candidata à reeleição pelo PT, presidenta Dilma Rousseff , se reuniu nesta terça-feira (7) com integrantes da base aliada para traçar estratégias para a campanha no segundo turno.

Participaram do encontro 35 senadores e governadores eleitos, presidentes de partidos da base, além de atuais governadores e senadores.

Quanto à possibilidade de Marina Silva (PSB), terceira colocada nas eleições presidenciais, anunciar um possível apoio a Aécio Neves (PSDB), petistas e membros de partidos aliados avaliam que os eleitores da candidata não seguirão necessariamente sua posição.

A candidata Dilma Rousseff avalia que não pode abrir mão de apoios para o segundo turno, mas disse que o voto é de cada um.

“Fico feliz quando me apoiam. Sei perfeitamente, pela experiência política, que ninguém é dono de eleitor”.

Ela disse que faz um diagnóstico “simples e humilde” sobre a baixa votação que obteve em São Paulo.

“Achamos São Paulo um estado muito importante. Eu pretendo dar toda atenção, olhar com muito cuidado, inclusive propostas específicas para São Paulo, e abrir o debate, a discussão e a comunicação em todos os setores de São Paulo”.

Dilma vai começar a busca de votos pelo Nordeste. Nesta quarta-feira (8), ela deve viajar a Teresina e João Pessoa, de onde segue para outras capitais da região.

Para ajudar na campanha, o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, está se licenciando hoje, informou a candidata.

Já o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, que estava de férias até ontem (6), terá novo período autorizado até o próximo dia 17.

A candidata voltou a elogiar os governos do PT, dizendo que com a expansão da classe média foi possível modificar a pirâmide social do país, onde havia mais pobres do que membros das demais classes sociais.

“Isso que transformou o Brasil de forma pacífica e silenciosa, a modificação na distribuição de renda que levou a esse perfil diferenciado”.

Dilma defendeu que os próximos governos devem “melhorar a qualidade do emprego para a classe média brasileira”, sem deixar de olhar para os pobres.

Antes da reunião, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse que este não é o momento para pedir apoio a Marina Silva, mas haveria a possibilidade de o partido convergir algumas de suas propostas caso ela decidisse declarar voto a Dilma.

“É desrespeitoso, no momento em que ela vai se reunir com seu partido, querer mudar esse resultado. Ela tem cabeça para tomar essa decisão, ainda que não seja uma decisão que nos favoreça. Ninguém na política toma decisões por tomar”, disse.

Os partidos da coligação de Marina se reúnem amanhã para discutir os critérios que vão utilizar na escolha.

Perguntado se mudaria seu plano de governo a pedido de Marina, Rui Falcão respondeu: “Se forem alterações que não comprometam nosso ideário, não vejo problema”.

Ele defendeu que a campanha seja focada em um debate de projetos. Em entrevista a jornalistas, Dilma concordou, dizendo que haverá uma discussão de “alto nível” baseada em projetos e nas conquistas de cada um dos dois governos anteriores (PT e PSDB).

Segundo ela, os presentes na reunião debateram as propostas que a candidata tem apresentado para a saúde e segurança pública.

A candidata também voltou a defender a reforma política como a “maior arma” contra a corrupção, ao lado do combate à impunidade.

Para o petista Jaques Wagner, governador da Bahia pelo PT, a disputa envolverá dois projetos políticos que já governaram o país.

Ele não acredita, porém, que quem votou em Marina com a intenção de defender a mudança e uma nova política irão migrar automaticamente para o candidato Aécio Neves, do PSDB.

“Ele é um filme que já foi visto. É outro projeto, mas não é a mudança desejada pelos eleitores da Marina”, disse.

A avaliação é a mesma do ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini.

“[No segundo turno, terão os] mesmos candidatos e projetos, mesma [eleição] de 2006 e 2010. O projeto que melhorou vida do povo e o que piorou. O PSDB aumentou a dívida interna, o Risco Brasil, dívida externa, aumentou desemprego e manteve inflação média acima da nossa. No PT, aumentou emprego, salário, criamos o Bolsa Família, o Pronatec, o Prouni, Luz pra Todos”, alegou.

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