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Não há perspectiva de pagar 13º salário, diz governador do RS

O Estado decretou calamidade financeira e busca aprovar pacote com medidas de cortes de gastos

José Ivo Sartori: governador cobrou do governo federal ajuda em áreas essenciais (Denis Ribeiro/Exame)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de novembro de 2016 às 09h27.

São Paulo - O governador do Rio Grande do Sul , José Ivo Sartori (PMDB), disse na manhã desta quarta-feira, 23, à Rádio Estadão que é preciso solidariedade e sacrifício por parte dos servidores e da população do Estado para superar a atual crise.

O Estado decretou calamidade financeira e busca aprovar pacote anunciado esta semana pelo peemedebista, que prevê a economia de R$ 6,7 bilhões nos próximos quatro anos com medidas de cortes de gastos.

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Apesar de reiterar os esforços que sua administração vem fazendo para tentar ajustar as contas e pagar o salário do funcionalismo, o governador frisou: "Não há perspectiva de fazer pagamento de 13º salário."

Na entrevista, Sartori disse que desde 2015 vem mostrando a real situação financeira do Estado "com muita transparência, o que não é muito usual". Pelas suas contas, se isso não fosse feito, o déficit acumulado poderia bater na casa dos R$ 25 bilhões em 2018.

"Em 45 anos no Estado, só tivemos sete anos com despesa menor que a receita", destacou, dizendo que o momento exige solidariedade e sacrifício de todos, servidores e população. Ao afirmar que a fase de "desconforto" com o pacote de medidas que propôs à Assembleia Legislativa já está disseminada, ele disse esperar que o próximo governante "não passe pelos mesmos constrangimentos" que ele no tocante às finanças estaduais.

Socorro

Indagado sobre o acordo fechado nesta terça-feira, 22, com o governo federal, que prevê que os Estados terão acesso a R$ 5 bilhões de receitas obtidas este ano com a multa do programa de repatriação de recursos enviados ilegalmente ao exterior, mas, em contrapartida, os governadores devem se comprometer com um forte ajuste fiscal em seus Estados, Sartori disse que "essa ajuda ainda não é concreta e real, mas apenas um alívio".

O governador cobrou do governo federal ajuda em áreas essenciais, como social e de segurança. "Defendo política nacional de segurança pública, com um fundo para atender os Estados", disse.

À Rádio Estadão, o governador falou da expectativa de aprovação do pacote de medidas de ajuste, que prevê dentre outras medidas a extinção de 11 órgãos e demissão de até 1,2 mil funcionários.

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