Musk diz que não fará restrições determinadas pela Justiça e futuro do X no Brasil está em risco
"Provavelmente perderemos todas as receitas no Brasil e teremos que fechar nosso escritório lá", apontou Musk
Editor de Macroeconomia
Publicado em 6 de abril de 2024 às 20h56.
Última atualização em 6 de abril de 2024 às 21h02.
O bilionário Elon Musk, CEO do X (antigo Twitter), disse nesse sábado que reverterá todas as restrições determinadas pela Justiça brasileira a contas banidas.
"Estamos levantando todas as restrições. Este juiz aplicou multas pesadas, ameaçou prender nossos funcionários e cortou o acesso ao Xno Brasil. Como resultado, provavelmente perderemos todas as receitas no Brasil e teremos que fechar nosso escritório lá. Mas os princípios são mais importantes do que o lucro", postou Musk, em referência ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre Moraes.
Mais cedo, Musk retuitou um post dojornalista norte-americano Michael Shellenberger , no qual ele acusa que “o Brasil de estar envolvido em um caso de ampla repressão da liberdade de expressão liderada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes”.
Em suma, o jornalista aponta quedecisões de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral ameaçam a democracia no Brasil.
Na sequência, Musk perguntou na rede social: "Por que você está fazendo isso, Alexandre", questionou, marcando o perfil do magistrado.
Bloqueio de contas
Em outra conta oficial do X, que trata de assuntos institucionais da companhia globalmente, a empresa informou que a"X Corp. foi forçada por decisões judiciais a bloquear determinadas contas populares no Brasil".
"Informamos a essas contas que tomamos tais medidas. Não sabemos os motivos pelos quais essas ordens de bloqueio foram emitidas. Não sabemos quais postagens supostamente violaram a lei. Estamos proibidos de informar qual tribunal ou juiz emitiu a ordem, ou em qual contexto", diz o post.
Segundo o X, a empresa está proibida de informar quais contas foram afetadas.
"Somos ameaçados com multas diárias se não cumprirmos a ordem. Não acreditamos que tais ordens estejam de acordo com o Marco Civil da Internet ou com a Constituição Federal do Brasil e contestaremos legalmente as ordens no que for possível. O povo brasileiro, independentemente de suas crenças políticas, têm direito à liberdade de expressão, ao devido processo legal e à transparência por parte de suas próprias autoridades", diz o post.
Procurado, o TSE ainda não retornou à reportagem. O espaço segue aberto.