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Mulheres poderão ocupar cargos de oficiais da Marinha

Pelo texto, as mulheres poderão ser admitidas na Marinha, podendo integrar o corpo da Armada e o de Fuzileiros Navais, até então restritos apenas homens

 (Ronaldo Silva/AGECOM/Agência Senado)

(Ronaldo Silva/AGECOM/Agência Senado)

Valéria Bretas

Valéria Bretas

Publicado em 13 de dezembro de 2017 às 10h03.

Última atualização em 13 de dezembro de 2017 às 10h04.

O Plenário do Senado Federal aprovou nesta terça-feira (12) o projeto de lei da Câmara (PLC 147/2017) que libera às mulheres o acesso a todos os cargos de oficiais da Marinha. Da Presidência da República, o projeto segue agora para sanção.

Pelo texto, as mulheres poderão ser admitidas nas atividades operativas da Marinha, podendo integrar o corpo da Armada e o de Fuzileiros Navais, até então restritos apenas homens.

Atualmente, a Marinha é a única das Forças Armadas que tem uma mulher oficial general em seus quadros. A contra-almirante Dalva Maria Carvalho Mendes ocupa o terceiro posto mais importante da Marinha e tem patente equivalente à de general de brigada no Exército, e de brigadeiro na Aeronáutica. Mas, pelas regras atuais, ela só pôde ascender na carreira por ser médica e já fazer parte do corpo de saúde da instituição.

Dalva Maria Mendes tornou-se a primeira mulher a ocupar um cargo de oficial general das Forças Armadas. Agora, a Marinha quer ser a primeira força a retirar qualquer restrição à admissão e promoção de mulheres em seus quadros, razão pela qual elaborou o PL 8.536/17, enviado ao Congresso em setembro deste ano.

Também foi a Marinha a primeira a fazer curso de formação para oficiais voltado a mulheres, em 1980 — o que a Aeronáutica seguiu em 1981, e o Exército apenas nos anos 1990.

Mudança nos concursos

A proposta também exclui a vantagem que os militares têm sobre os civis ao prestarem concursos para os Cursos de Formação de Oficiais da Marinha. A mudança valerá para ambos os sexos. Desse modo, o militar deverá ser demitido ou desligado e reintegrado à Marinha em condições iguais ao do aluno civil.

O projeto ainda acaba com a transferência obrigatória do pessoal auxiliar no quadro de Armada e Fuzileiros para o quadro técnico. Eles poderão seguir na carreira até o posto de Capitão de Mar e Guerra, que é o mais alto. Também são alteradas nomenclaturas e cargos na instituição.

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