Moro mantém na prisão empresário que picava provas
O empresário Ademir Auada é apontado como líder de uma organização que formava empresas offshores para camuflar a propriedade de imóveis no condomínio Solaris
Da Redação
Publicado em 2 de fevereiro de 2016 às 09h52.
São Paulo - O juiz federal Sérgio Moro prorrogou nesta segunda-feira, dia 1º, por mais cinco dias a prisão temporária do empresário Ademir Auada - apontado como líder de uma organização que formava empresas offshores para camuflar a propriedade de imóveis no condomínio Solaris, no Guarujá (SP), onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria um tríplex.
Durante as investigações, a Polícia Federal interceptou telefonemas de Auada orientando a filha, Carolina, a destruir provas. Pai e filha destruíram tantos papeis que a máquina de triturar chegou a queimar.
A Operação Triplo X, deflagrada na semana passada, atribui a Auada o papel de líder do esquema de constituição de offshores. A publicitária Nelci Warken, que também foi presa, aparece como proprietária de um tríplex em uma torre vizinha à qual Lula teria imóvel - o ex-presidente nega a propriedade.
Moro acolheu pedido da PF e da Procuradoria da República ao ampliar em mais cinco dias a custódia temporária do empresário. A PF alertou que "ainda não foi possível no exíguo tempo examinar todo o material apreendido" durante a Operação Triplo X.
"A análise preliminar dos documentos apreendidos na residência do investigado corrobora os indícios de participação em grupo cuja atividade principal é dirigida à ocultação de valores por meio de empresas offshore", assinala a PF. "Destaco, entretanto, que não foi possível esgotar a análise de todo material apreendido, mormente os equipamentos de informática. Considerando o volume de materiais apreendidos, não há nenhuma possibilidade material de encerramento da análise num curto espaço de tempo."
A PF destacou, ainda, para "aparente colaboração de Ademir Auada com as apurações".
"Ademir Auda é responsável pela constituição e estruturação empresarial offshore e também pela abertura de contas bancárias internacionais em nome dessas empresas. O preso já foi inquirido e, em sede de interrogatório, confirmou sua atuação no ramo de consultoria e assessoria para criação e estruturação empresarial offshore. Ademais, identificou seus clientes e as respectivas empresas internacionais a que estão vinculados", assinalou o juiz Moro.
Ao acolher o pedido de ampliação da prisão temporária do empresário, o juiz da Operação Lava Jato observou que a solicitação era justificada, "não obstante a aparente colaboração" do suspeito.
São Paulo - O juiz federal Sérgio Moro prorrogou nesta segunda-feira, dia 1º, por mais cinco dias a prisão temporária do empresário Ademir Auada - apontado como líder de uma organização que formava empresas offshores para camuflar a propriedade de imóveis no condomínio Solaris, no Guarujá (SP), onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria um tríplex.
Durante as investigações, a Polícia Federal interceptou telefonemas de Auada orientando a filha, Carolina, a destruir provas. Pai e filha destruíram tantos papeis que a máquina de triturar chegou a queimar.
A Operação Triplo X, deflagrada na semana passada, atribui a Auada o papel de líder do esquema de constituição de offshores. A publicitária Nelci Warken, que também foi presa, aparece como proprietária de um tríplex em uma torre vizinha à qual Lula teria imóvel - o ex-presidente nega a propriedade.
Moro acolheu pedido da PF e da Procuradoria da República ao ampliar em mais cinco dias a custódia temporária do empresário. A PF alertou que "ainda não foi possível no exíguo tempo examinar todo o material apreendido" durante a Operação Triplo X.
"A análise preliminar dos documentos apreendidos na residência do investigado corrobora os indícios de participação em grupo cuja atividade principal é dirigida à ocultação de valores por meio de empresas offshore", assinala a PF. "Destaco, entretanto, que não foi possível esgotar a análise de todo material apreendido, mormente os equipamentos de informática. Considerando o volume de materiais apreendidos, não há nenhuma possibilidade material de encerramento da análise num curto espaço de tempo."
A PF destacou, ainda, para "aparente colaboração de Ademir Auada com as apurações".
"Ademir Auda é responsável pela constituição e estruturação empresarial offshore e também pela abertura de contas bancárias internacionais em nome dessas empresas. O preso já foi inquirido e, em sede de interrogatório, confirmou sua atuação no ramo de consultoria e assessoria para criação e estruturação empresarial offshore. Ademais, identificou seus clientes e as respectivas empresas internacionais a que estão vinculados", assinalou o juiz Moro.
Ao acolher o pedido de ampliação da prisão temporária do empresário, o juiz da Operação Lava Jato observou que a solicitação era justificada, "não obstante a aparente colaboração" do suspeito.