Moradores resistem em deixar favela destruída por incêndio
Cerca de 400 famílias estão amontoadas nas calçadas próximas à comunidade ou em casas de amigos e parentes
Da Redação
Publicado em 16 de novembro de 2012 às 15h41.
São Paulo – Os moradores da Favela Fazendinha, atingida por um incêndio na última quarta-feira (13) que destruiu cerca de 320 barracos, não querem deixar o local e nem ir para os abrigos cedidos pela prefeitura. Cerca de 400 famílias estão amontoadas nas calçadas próximas à comunidade ou em casas de amigos e parentes. Os moradores já começaram a reconstruir os barracos na manhã de hoje (16) na favela, que fica no bairro da Penha, na zona leste da cidade. Não foram registradas mortes no incêndio.
De acordo com o líder comunitário local, Ronaldo José da Silva, os moradores reivindicam moradia digna e não querem receber dinheiro da prefeitura. “Se a prefeitura nos der moradia, nós desocupamos a área imediatamente,” disse. Silva reclamou que a única ajuda prestada pela prefeitura foi a entrega de colchões e cestas básicas.
O líder comunitário relatou que as autoridades não apareceram no local para oferecer outro tipo de apoio ou mesmo para cadastrar os moradores afetados. “Nós só saímos da área se derem um benefício para nós. Nós não aceitamos albergue. Não tivemos nenhuma assistência. Precisamos fazer um levantamento dos barracos que foram perdidos, saber o número de crianças. Quero conversar com o secretário de Habitação e o subprefeito da Penha.”
Mãe de quatro filhos, a autônoma Ivanilde Penha Rosa, 36 anos, está com os filhos na calçada, porque perdeu o barraco no incêndio. A família espera o marido de Ivanilde terminar a construção de outro barraco para voltar a ter um teto. “Eu moro há dois anos aqui e não tenho para onde ir. Também não tenho cadastro na prefeitura, e espero que alguém me dê moradia.”
A moradora Sonia Maria de Souza Barbosa, 52 anos, contou que só conseguiu salvar os documentos antes de o fogo queimar o barraco onde morava com o filho nos últimos três anos. “Eu tinha televisão, fogão, cama, tinha tudo, apesar de ser velho, eu tinha. Tenho deficiência auditiva e meu benefício só dá para comprar meu remédio e comer. Não posso pagar um aluguel. Só vou sair daqui quando a prefeitura me der uma moradia.”
Morador da favela há três anos na favela, o autônomo, José Marcos dos Santos, 30 anos, contou que veio do Nordeste e não tem outro local para morar em São Paulo. A casa de Santos não foi destruída e ele acolheu quem perdeu a casa e bens no incêndio. “Todos vão reconstruir e, enquanto a prefeitura não fizer nada, ninguém sai daqui. Só o que eu quero é um teto porque eu não tenho.”
Por meio da assessoria de imprensa, a prefeitura informou que tem dado toda a assistência às famílias prejudicadas. A Secretaria Municipal de Assistência Social cadastrou 260 famílias para o recebimento de cestas básicas, kits de higiene, 762 colchões e 762 cobertores. A secretaria disponibilizou ainda vagas em abrigos. De acordo com prefeitura, a Secretaria de Habitação fez o cadastramento das famílias.
São Paulo – Os moradores da Favela Fazendinha, atingida por um incêndio na última quarta-feira (13) que destruiu cerca de 320 barracos, não querem deixar o local e nem ir para os abrigos cedidos pela prefeitura. Cerca de 400 famílias estão amontoadas nas calçadas próximas à comunidade ou em casas de amigos e parentes. Os moradores já começaram a reconstruir os barracos na manhã de hoje (16) na favela, que fica no bairro da Penha, na zona leste da cidade. Não foram registradas mortes no incêndio.
De acordo com o líder comunitário local, Ronaldo José da Silva, os moradores reivindicam moradia digna e não querem receber dinheiro da prefeitura. “Se a prefeitura nos der moradia, nós desocupamos a área imediatamente,” disse. Silva reclamou que a única ajuda prestada pela prefeitura foi a entrega de colchões e cestas básicas.
O líder comunitário relatou que as autoridades não apareceram no local para oferecer outro tipo de apoio ou mesmo para cadastrar os moradores afetados. “Nós só saímos da área se derem um benefício para nós. Nós não aceitamos albergue. Não tivemos nenhuma assistência. Precisamos fazer um levantamento dos barracos que foram perdidos, saber o número de crianças. Quero conversar com o secretário de Habitação e o subprefeito da Penha.”
Mãe de quatro filhos, a autônoma Ivanilde Penha Rosa, 36 anos, está com os filhos na calçada, porque perdeu o barraco no incêndio. A família espera o marido de Ivanilde terminar a construção de outro barraco para voltar a ter um teto. “Eu moro há dois anos aqui e não tenho para onde ir. Também não tenho cadastro na prefeitura, e espero que alguém me dê moradia.”
A moradora Sonia Maria de Souza Barbosa, 52 anos, contou que só conseguiu salvar os documentos antes de o fogo queimar o barraco onde morava com o filho nos últimos três anos. “Eu tinha televisão, fogão, cama, tinha tudo, apesar de ser velho, eu tinha. Tenho deficiência auditiva e meu benefício só dá para comprar meu remédio e comer. Não posso pagar um aluguel. Só vou sair daqui quando a prefeitura me der uma moradia.”
Morador da favela há três anos na favela, o autônomo, José Marcos dos Santos, 30 anos, contou que veio do Nordeste e não tem outro local para morar em São Paulo. A casa de Santos não foi destruída e ele acolheu quem perdeu a casa e bens no incêndio. “Todos vão reconstruir e, enquanto a prefeitura não fizer nada, ninguém sai daqui. Só o que eu quero é um teto porque eu não tenho.”
Por meio da assessoria de imprensa, a prefeitura informou que tem dado toda a assistência às famílias prejudicadas. A Secretaria Municipal de Assistência Social cadastrou 260 famílias para o recebimento de cestas básicas, kits de higiene, 762 colchões e 762 cobertores. A secretaria disponibilizou ainda vagas em abrigos. De acordo com prefeitura, a Secretaria de Habitação fez o cadastramento das famílias.