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Ministro recua em hipótese do governo de que petróleo no NE é venezuelano

Presidente Jair Bolsonaro disse ter certeza de que derrame de óleo foi criminoso, mas voltou atrás

Bento Albuquerque: ministro de Minas e Energia disse que produto tem características similares ao da Venezuela (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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Reuters

Publicado em 10 de outubro de 2019 às 12h09.

Última atualização em 10 de outubro de 2019 às 12h15.

Rio de Janeiro — O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou nesta quinta-feira (10) que o governo brasileiro em nenhum momento disse que o petróleo que atinge o Nordeste é da Venezuela .

Em declaração após leilão de áreas de petróleo, ele destacou que nunca se afirmou a origem do vazamento de petróleo no Nordeste. De acordo com o ministro o que foi dito é que o produto encontrado nas praias, há mais de um mês, tem características similares ao da Venezuela.

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Na véspera, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse que "muito provavelmente" a origem é venezuelana e deve ter vindo do derramamento "acidental ou não".

A investigação sobre o caso é "bastante complexa", mas em questão de tempo o governo chegará à origem, segundo Albuquerque.

Para ele, a origem é provavelmente de embarcação carregando o produto. "Essa é a principal linha de investigação."

Nesta quinta-feira, o governo da Venezuela disse que o país não é responsável pelo petróleo que atingiu praias do Nordeste do Brasil.

Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro comentou sobre o derramamento de petróleo que atinge Estados do Nordeste em evento com investidores em São Paulo. "Com toda certeza houve derramamento criminoso de petróleo na região costeira", disse Bolsonaro. Logo depois, o presidente voltou atrás e afirmou não ter certeza sobre o fato ter sido criminoso.

"Tenho quase certeza. Não temos bola de cristal para descobrir rapidamente quem é o responsável pelo ato criminoso, mas tomamos as providências", ponderou o presidente, durante o Fórum de Investimentos Brasil 2019. O evento, realizado em São Paulo, é organizado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos.

Ele disse ainda que o governo enfrenta pressão da mídia com o desconhecimento dos fatos sobre as questões ambientais como ocorreu anteriormente na crise das queimadas da Amazônia. Bolsonaro elogiou a ação dos ministros do Meio Ambiente e da Defesa que "prontamente" se dispuseram para resolver a situação.

(Reuters e Estadão Conteúdo)

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