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Ministério substitui diretor em meio à crise da lagarta

Fiscal federal agropecuário Luís Eduardo Rangel assumiu o posto no meio da crise causada pela infestação da lagarta Helicoverpa armigera

Lagarta helicoverpa armigera repousa no polegar de um técnico: praga é uma das maiores ameaças recentes à lavoura do Brasil (Mick Tsikas/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2013 às 17h36.

Sorocaba (SP) - No meio da crise causada pela infestação da lagarta Helicoverpa armigera, uma das maiores ameaças recentes à lavoura do Brasil, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) decidiu substituir o titular do Departamento de Sanidade Vegetal (DSV), órgão responsável pela vigilância fitossanitária no País.

O fiscal federal agropecuário Luís Eduardo Rangel assumiu o posto nesta quinta-feira, 28, no lugar do ex-diretor Cosam de Carvalho Coutinho, dispensado da função. Rangel, que havia sido nomeado no dia anterior, atuava como coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins no Departamento de Fiscalização de Insumos Agrícolas.

Coutinho era criticado por organizações de produtores rurais pela demora em adotar medidas de controle da praga, especialmente a liberação de defensivos de ação efetiva contra a lagarta. Entidades como a Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja) e a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia criticaram a burocracia para o uso de produtos à base de benzoato de emamectina, eficazes contra o inseto, mas sem autorização para utilização regular no País.

Durante os debates do Fórum Soja Brasil, em junho, o presidente da Aprosoja, Glauber Silveira, fez um desabafo na presença de representantes do ministro Antônio Andrade. "Infelizmente, no Brasil, nós temos uma morosidade que é uma coisa absurda. Chega a ser irritante. Chega a ser um desrespeito."

Além da demora na identificação da praga e nas medidas de combate, entidades de produtores reclamaram de ações pouco efetivas previstas na instrução normativa do ministério baixada para o controle da lagarta em áreas sob emergência fitossanitária. Até a tarde desta quinta-feira, o Mapa havia decretado emergência em quatro Estados - Bahia, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais (parcial). O novo diretor assumiu prometendo atualizar a política fitossanitária do Brasil, alvo de críticas nas principais regiões agrícolas.

"Aceito essa missão, confiante numa equipe muito bem preparada na sede e nas superintendências. O Brasil precisa de um novo projeto de fitossanidade, pois a legislação que o ampara é da década de 30", afirmou. Rangel disse que pretende construir uma nova política fitossanitária para o País "com este novo cenário agrícola".

Minas Gerais

O ministro da Agricultura estará nesta sexta-feira, 29, em Uberaba (MG) para apresentar aos produtores e instituições agropecuárias a Portaria 1.166/13, que decretou o estado de emergência fitossanitária para combater a Helicoverpa armigera, também conhecida como praga da lagarta da soja, em 90 cidades mineiras. Ao contrário de outros insetos da mesma família, que são seletivos e, geralmente, incidem num tipo de lavoura, a nova praga ataca não só milho e soja, mas também algodão, milheto, sorgo, feijão e até frutas e legumes. Na última safra, o prejuízo causado pelo inseto nas lavouras brasileiras, especialmente no oeste da Bahia, chegou a R$ 2 bilhões.

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Sorocaba (SP) - No meio da crise causada pela infestação da lagarta Helicoverpa armigera, uma das maiores ameaças recentes à lavoura do Brasil, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) decidiu substituir o titular do Departamento de Sanidade Vegetal (DSV), órgão responsável pela vigilância fitossanitária no País.

O fiscal federal agropecuário Luís Eduardo Rangel assumiu o posto nesta quinta-feira, 28, no lugar do ex-diretor Cosam de Carvalho Coutinho, dispensado da função. Rangel, que havia sido nomeado no dia anterior, atuava como coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins no Departamento de Fiscalização de Insumos Agrícolas.

Coutinho era criticado por organizações de produtores rurais pela demora em adotar medidas de controle da praga, especialmente a liberação de defensivos de ação efetiva contra a lagarta. Entidades como a Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja) e a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia criticaram a burocracia para o uso de produtos à base de benzoato de emamectina, eficazes contra o inseto, mas sem autorização para utilização regular no País.

Durante os debates do Fórum Soja Brasil, em junho, o presidente da Aprosoja, Glauber Silveira, fez um desabafo na presença de representantes do ministro Antônio Andrade. "Infelizmente, no Brasil, nós temos uma morosidade que é uma coisa absurda. Chega a ser irritante. Chega a ser um desrespeito."

Além da demora na identificação da praga e nas medidas de combate, entidades de produtores reclamaram de ações pouco efetivas previstas na instrução normativa do ministério baixada para o controle da lagarta em áreas sob emergência fitossanitária. Até a tarde desta quinta-feira, o Mapa havia decretado emergência em quatro Estados - Bahia, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais (parcial). O novo diretor assumiu prometendo atualizar a política fitossanitária do Brasil, alvo de críticas nas principais regiões agrícolas.

"Aceito essa missão, confiante numa equipe muito bem preparada na sede e nas superintendências. O Brasil precisa de um novo projeto de fitossanidade, pois a legislação que o ampara é da década de 30", afirmou. Rangel disse que pretende construir uma nova política fitossanitária para o País "com este novo cenário agrícola".

Minas Gerais

O ministro da Agricultura estará nesta sexta-feira, 29, em Uberaba (MG) para apresentar aos produtores e instituições agropecuárias a Portaria 1.166/13, que decretou o estado de emergência fitossanitária para combater a Helicoverpa armigera, também conhecida como praga da lagarta da soja, em 90 cidades mineiras. Ao contrário de outros insetos da mesma família, que são seletivos e, geralmente, incidem num tipo de lavoura, a nova praga ataca não só milho e soja, mas também algodão, milheto, sorgo, feijão e até frutas e legumes. Na última safra, o prejuízo causado pelo inseto nas lavouras brasileiras, especialmente no oeste da Bahia, chegou a R$ 2 bilhões.

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