"Meu eloquente discurso é o silêncio", diz Renan
Renan informou que só vai se manifestar a respeito do pedido de prisão após deliberação do Supremo Tribunal Federal
Da Redação
Publicado em 8 de junho de 2016 às 18h10.
Acusado na delação premiada do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato , o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), falou hoje (8) rapidamente sobre o pedido de prisão feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Renan informou que só vai se manifestar a respeito após deliberação do Supremo Tribunal Federal (STF). Acrescentou que até lá seu “mais eloquente discurso será o silêncio”.
“Não vou falar sobre isso. Nessa questão, meu eloquente discurso é o silêncio, mas a democracia, como vocês sabem, é um conceito amplo e todas as vezes que nós, como sociedade, demos vazão ao desprezo para a democracia, nós pagamos um preço longo, doído e isso é uma coisa com a qual não podemos mais concordar”, afirmou Calheiros.
“Não vou falar nada antes da decisão da Suprema Corte”, concluiu.
Renan é um dos personagens da delação de Sérgio Machado, que também implica outros peemedebistas como o senador Romero Jucá (RR), o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), e o ex-presidente José Sarney (AP).
Todos tiveram o pedido de prisão encaminhado ao STF por tentarem obstruir as investigações da Lava Jato. As informações foram divulgadas pelo jornal O Globo. O caso será analisado pelo ministro do STF Teori Zavascki.
Ontem (7), Renan divulgou nota informando que o pedido de prisão foi "desarrazoado”, “desproporcional" e “abusivo”.
Na nota, Calheiros negou que tenha agido para obstruir as investigações da Lava jato e se disse “sereno e seguro de que a nação pode seguir confiando nos poderes da República”.
“O presidente reafirma que não praticou nenhum ato concreto que pudesse ser interpretado como suposta tentativa de obstrução à Justiça, já que nunca agiu, nem agiria, para evitar a aplicação da lei. O senador relembra que já prestou os esclarecimentos que lhe foram demandados e continua com a postura colaborativa para quaisquer novas informações”, destacou o documento divulgado pela assessoria de imprensa do senador.
Além da prisão, Janot também pediu o afastamento de Renan da presidência do Senado, usando argumentos similares aos empregados no pedido de destituição de Cunha da presidência da Câmara e do mandato de deputado federal, o que acabou sendo atendido pelo STF.
Segundo a reportagem, gravações feitas por Machado mostram Renan, Sarney e Jucá discutindo medidas para barrar as investigações da Lava Jato.
Na delação, o ex-presidente da Transpetro também afirmou que, durante os 12 anos que permaneceu no comando da empresa, distribuiu R$ 70 milhões em propina para polítcos do PMDB, incluindo Renan, Sarney e Jucá.
Ainda de acordo com O Globo, os investigadores consideraram os indícios apontados nas gravações mais graves que as provas que levaram o ex-senador Delcídio do Amaral à prisão, em novembro do ano passado, e à perda do mandato, em maio, por tentativa de manipular uma delação, a do ex-diretor Internacional da Petrobras Nestor Cerveró.
Acusado na delação premiada do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato , o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), falou hoje (8) rapidamente sobre o pedido de prisão feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Renan informou que só vai se manifestar a respeito após deliberação do Supremo Tribunal Federal (STF). Acrescentou que até lá seu “mais eloquente discurso será o silêncio”.
“Não vou falar sobre isso. Nessa questão, meu eloquente discurso é o silêncio, mas a democracia, como vocês sabem, é um conceito amplo e todas as vezes que nós, como sociedade, demos vazão ao desprezo para a democracia, nós pagamos um preço longo, doído e isso é uma coisa com a qual não podemos mais concordar”, afirmou Calheiros.
“Não vou falar nada antes da decisão da Suprema Corte”, concluiu.
Renan é um dos personagens da delação de Sérgio Machado, que também implica outros peemedebistas como o senador Romero Jucá (RR), o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), e o ex-presidente José Sarney (AP).
Todos tiveram o pedido de prisão encaminhado ao STF por tentarem obstruir as investigações da Lava Jato. As informações foram divulgadas pelo jornal O Globo. O caso será analisado pelo ministro do STF Teori Zavascki.
Ontem (7), Renan divulgou nota informando que o pedido de prisão foi "desarrazoado”, “desproporcional" e “abusivo”.
Na nota, Calheiros negou que tenha agido para obstruir as investigações da Lava jato e se disse “sereno e seguro de que a nação pode seguir confiando nos poderes da República”.
“O presidente reafirma que não praticou nenhum ato concreto que pudesse ser interpretado como suposta tentativa de obstrução à Justiça, já que nunca agiu, nem agiria, para evitar a aplicação da lei. O senador relembra que já prestou os esclarecimentos que lhe foram demandados e continua com a postura colaborativa para quaisquer novas informações”, destacou o documento divulgado pela assessoria de imprensa do senador.
Além da prisão, Janot também pediu o afastamento de Renan da presidência do Senado, usando argumentos similares aos empregados no pedido de destituição de Cunha da presidência da Câmara e do mandato de deputado federal, o que acabou sendo atendido pelo STF.
Segundo a reportagem, gravações feitas por Machado mostram Renan, Sarney e Jucá discutindo medidas para barrar as investigações da Lava Jato.
Na delação, o ex-presidente da Transpetro também afirmou que, durante os 12 anos que permaneceu no comando da empresa, distribuiu R$ 70 milhões em propina para polítcos do PMDB, incluindo Renan, Sarney e Jucá.
Ainda de acordo com O Globo, os investigadores consideraram os indícios apontados nas gravações mais graves que as provas que levaram o ex-senador Delcídio do Amaral à prisão, em novembro do ano passado, e à perda do mandato, em maio, por tentativa de manipular uma delação, a do ex-diretor Internacional da Petrobras Nestor Cerveró.