Metrô de SP rechaça ação por abandono de trens da Linha 5
O Metrô rechaçou ação do Ministério Público pelo abandono de 26 trens da Linha 5-Lilás do metrô comprados em 2011 ao preço de R$ 615 milhões
Da Redação
Publicado em 11 de julho de 2016 às 22h24.
São Paulo - A Companhia do Metropolitano de São Paulo ( Metrô ) rechaçou por meio de nota uma ação do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) por suposto abandono de 26 trens da Linha 5-Lilás do metrô comprados em 2011 ao preço de R$ 615 milhões.
A ação envolve também o ex-secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos Jurandir Fernandes, acusado de improbidade administrativa, e outros oito investigados.
Segundo o Metrô, a ação proposta pelo MP "contém uma série de equívocos" e diz que prestará todos os esclarecimentos.
De acordo com o promotor Marcelo Milani, autor da ação distribuída ao Fórum da Fazenda Pública da capital paulista, o ponto central da demanda é a definição da bitola dos trens, que seriam diferentes em determinados trechos da linha.
"Vale apontar que as Linhas 1, 2 e 3 do Metrô têm bitola grande e os trens da Linha 4 e parte da Linha 5 têm bitola tradicional e a nova parte da Linha 5, outra bitola, revelando, assim, ser impossível a completa integração das linhas, em manifesto prejuízo ao erário e, principalmente, a população usuária, tendo em vista que, na situação atual, nunca ocorrerá a total integração das linhas do Metrô", escreveu o promotor.
Veja a íntegra da nota do Metrô:
"O Metrô de São Paulo, como sempre fez, prestará todos os esclarecimentos ao Ministério Público. Embora não tenha conhecimento oficial, o Metrô informa que a ação proposta pelo Ministério Público contém uma série de equívocos:
1) Não é verdade que os trens estejam parados. Os 26 novos trens adquiridos para a expansão de 11, 5 km da Linha 5 estão sendo entregues e passam por testes, verificações e protocolos de desempenho e de segurança;
2) Dos dezessete trens entregues, 8 já estão aptos a operar a partir de setembro no trecho de 9,3 km entre as estações Capão Redondo e Adolfo Pinheiro;
3) A bitola da Linha 5 não é diferente em trechos da linha. A Linha 5 terá a mesma bitola em toda a sua extensão, da primeira à última estação;
4) O Metrô não tem gastos extras com a manutenção desses novos trens;
5) O Metrô não arca com nenhum custo de aluguel para estacionamento destes trens;
6) O prazo de garantia só começará a valer após o início de operação de cada composição, conforme previsto em contrato;
7) A expansão da Linha 5 é um empreendimento que incluiu os projetos, as obras civis e a implantação de sistemas, a implantação de um moderno sistema de sinalização em todo o trecho e a aquisição de novos trens para transporte da nova demanda de usuários;
8) Todas essas ações foram executadas dentro de um detalhado cronograma, para que as etapas estivessem concluídas até a inauguração do novo ramal, a partir de 2017, beneficiando mais de 780 mil usuários por dia.
Todas estas informações já foram encaminhadas reiteradas vezes ao Ministério Público de São Paulo, que as desconsiderou para a abertura do inquérito."
São Paulo - A Companhia do Metropolitano de São Paulo ( Metrô ) rechaçou por meio de nota uma ação do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) por suposto abandono de 26 trens da Linha 5-Lilás do metrô comprados em 2011 ao preço de R$ 615 milhões.
A ação envolve também o ex-secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos Jurandir Fernandes, acusado de improbidade administrativa, e outros oito investigados.
Segundo o Metrô, a ação proposta pelo MP "contém uma série de equívocos" e diz que prestará todos os esclarecimentos.
De acordo com o promotor Marcelo Milani, autor da ação distribuída ao Fórum da Fazenda Pública da capital paulista, o ponto central da demanda é a definição da bitola dos trens, que seriam diferentes em determinados trechos da linha.
"Vale apontar que as Linhas 1, 2 e 3 do Metrô têm bitola grande e os trens da Linha 4 e parte da Linha 5 têm bitola tradicional e a nova parte da Linha 5, outra bitola, revelando, assim, ser impossível a completa integração das linhas, em manifesto prejuízo ao erário e, principalmente, a população usuária, tendo em vista que, na situação atual, nunca ocorrerá a total integração das linhas do Metrô", escreveu o promotor.
Veja a íntegra da nota do Metrô:
"O Metrô de São Paulo, como sempre fez, prestará todos os esclarecimentos ao Ministério Público. Embora não tenha conhecimento oficial, o Metrô informa que a ação proposta pelo Ministério Público contém uma série de equívocos:
1) Não é verdade que os trens estejam parados. Os 26 novos trens adquiridos para a expansão de 11, 5 km da Linha 5 estão sendo entregues e passam por testes, verificações e protocolos de desempenho e de segurança;
2) Dos dezessete trens entregues, 8 já estão aptos a operar a partir de setembro no trecho de 9,3 km entre as estações Capão Redondo e Adolfo Pinheiro;
3) A bitola da Linha 5 não é diferente em trechos da linha. A Linha 5 terá a mesma bitola em toda a sua extensão, da primeira à última estação;
4) O Metrô não tem gastos extras com a manutenção desses novos trens;
5) O Metrô não arca com nenhum custo de aluguel para estacionamento destes trens;
6) O prazo de garantia só começará a valer após o início de operação de cada composição, conforme previsto em contrato;
7) A expansão da Linha 5 é um empreendimento que incluiu os projetos, as obras civis e a implantação de sistemas, a implantação de um moderno sistema de sinalização em todo o trecho e a aquisição de novos trens para transporte da nova demanda de usuários;
8) Todas essas ações foram executadas dentro de um detalhado cronograma, para que as etapas estivessem concluídas até a inauguração do novo ramal, a partir de 2017, beneficiando mais de 780 mil usuários por dia.
Todas estas informações já foram encaminhadas reiteradas vezes ao Ministério Público de São Paulo, que as desconsiderou para a abertura do inquérito."