Exame Logo

Menção sobre prisão é vergonha para país, diz Marco Aurélio

"Se considerarmos algo que talvez esteja em desuso no Brasil, que é a dignidade do homem, é procedente o pronunciamento italiano", disse o ministro

Marco Aurélio: motivo para rejeitar pedido de extradição de Pizzolato "é uma vergonha para o Brasil", disse (José Cruz/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2014 às 16h03.

Brasília - O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal ( STF ), disse que a justificativa usada pela justiça italiana para rejeitar pedido do governo brasileiro para extraditar o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado por envolvimento no mensalão ,"é uma vergonha para o Brasil".

A Corte de Apelação de Bolonha negou o pedido brasileiro por considerar a situação das prisões no país.

"Se considerarmos algo que talvez esteja em desuso no Brasil, que é a dignidade do homem, é procedente o pronunciamento italiano", disse Marco Aurélio, ao final hoje da sessão da 1ª Turma do STF.

Ele lembrou do pronunciamento do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que chegou a comparar presídios brasileiros a "masmorras".

"O óbice vislumbrado pela Itália foi justamente o que nosso ministro apontou como masmorras", disse o ministro do Supremo.

Em novembro de 2012, o atual ministro da Justiça chegou a afirmar que "preferiria morrer" a cumprir pena em um presídio brasileiro e classificou o sistema penitenciário como "medieval".

Veja também

Brasília - O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal ( STF ), disse que a justificativa usada pela justiça italiana para rejeitar pedido do governo brasileiro para extraditar o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado por envolvimento no mensalão ,"é uma vergonha para o Brasil".

A Corte de Apelação de Bolonha negou o pedido brasileiro por considerar a situação das prisões no país.

"Se considerarmos algo que talvez esteja em desuso no Brasil, que é a dignidade do homem, é procedente o pronunciamento italiano", disse Marco Aurélio, ao final hoje da sessão da 1ª Turma do STF.

Ele lembrou do pronunciamento do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que chegou a comparar presídios brasileiros a "masmorras".

"O óbice vislumbrado pela Itália foi justamente o que nosso ministro apontou como masmorras", disse o ministro do Supremo.

Em novembro de 2012, o atual ministro da Justiça chegou a afirmar que "preferiria morrer" a cumprir pena em um presídio brasileiro e classificou o sistema penitenciário como "medieval".

Acompanhe tudo sobre:JustiçaMensalãoPolítica no BrasilPrisõesSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame