Maranhão não deve presidir reuniões no plenário da Câmara
Para Rosso, enquanto a Casa “fala uma língua”, Maranhão fala outra. “Do ponto de vista regimental, Waldir Maranhão tem suas prerrogativas"
Da Redação
Publicado em 18 de maio de 2016 às 12h49.
Waldir Maranhão (PP-MA) não deve presidir as próximas sessões do plenário da Câmara .
O parlamentar, que ocupa o comando da Casa desde que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi afastado temporariamente do mandato e do cargo de presidente da Casa pelo Supremo Tribunal Federal ( STF ), foi vaiado ontem ao tentar conduzir votações no plenário e acabou encerrando a sessão.
Hoje (18), na primeira reunião de líderes que presidiu, deputados negaram que houve constrangimento entre o grupo. Líder do PSD, Rogério Rosso (DF) disse que fez um apelo para que Maranhão refletisse mas não obteve respostas. Para Rosso, enquanto a Casa “fala uma língua”, Maranhão fala outra.
“Do ponto de vista regimental, Waldir Maranhão tem suas prerrogativas. Do ponto de vista político ele fala uma linguagem e ela [a Câmara] fala outra. Fiz um apelo para que ele deixe a direção da Mesa à linha natural do Regimento. Ele recebeu silenciosamente. Entendi que está reflexivo mas vai atender”, avaliou.
O presidente do Solidariedade, Paulinho da Força (SP), deixou a reunião de líderes mais cedo para ir ao Palácio do Planalto e, ao sair, disse que Waldir Maranhão aceitou limitar suas funções a questões internas da Casa e a condução de reuniões.
Segundo Paulinho, Maranhão concordou em deixar a presidência das sessões do plenário nas mãos do 2º Vice-Presidente da Mesa, deputado Giacobo (PR-PR), ou do 1º Secretário, Beto Mansur (PRB-SP). Maranhão não confirma a informação.
Na avaliação do líder do PTB, Jovair Arantes (GO), Waldir Maranhão foi sereno durante a reunião e conseguiu tranquilizar os líderes.
“O Regimento da Casa precisa imperar para a Casa voltar a funcionar e resolver as questões que estavam represadas”, afirmou.
Arantes espera resistência por parte do PT e de aliados, mas aposta que, na sessão de hoje, será possível votar as quatro medidas provisórias (MPs) que trancam a pauta.
“Isto é normal e do jogo democrático mas vamos levar noite a dentro para resolver matéria por matéria. Dá para destrancar e vamos pedir para o governo retirar urgências”, disse.
André Moura
Ainda que o Palácio do Planalto não tenha confirmado o nome do líder do governo Temer na Casa, Jovair Arantes afirmou que “André Moura deve ser confirmado ainda hoje.
Certamente será nosso líder com a possibilidade de fazer interlocução com toda a Casa”.
Lideranças do bloco conhecido como centrão - PEN, PTB, PP, PR, PSL, PSD, PRB, PTN, PSC, PHS, PROS e o Solidariedade -, além do PMDB que ainda não aderiu ao grupo, preferiram ser mais discretos.
É este grupo que encampou o nome de Moura para a função e formalizou este apoio na reunião com Temer ontem.
Este apoio não conta, porém, com PSDB, DEM e PPS que defendiam Rodrigo Maia (DEM-RJ) na função, argumentando, inclusive, que Moura é próximo do presidente afastado da Câmara Eduardo Cunha e que o líder precisava ter mais autonomia na Casa.
O líder do DEM, Pauderney Avelino (AM), chegou a afirmar na manhã de hoje que a articulação por André Moura é comandada pelo próprio Cunha.
Jovair Arantes assumiu a missão de tentar afastar a especulação. “Ele nãoo foi indicado por Cunha. Quem toca hoje esta discussão é o bloco dos partidos chamado centro e tivemos várias reuniões”, afirmou.
Waldir Maranhão (PP-MA) não deve presidir as próximas sessões do plenário da Câmara .
O parlamentar, que ocupa o comando da Casa desde que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi afastado temporariamente do mandato e do cargo de presidente da Casa pelo Supremo Tribunal Federal ( STF ), foi vaiado ontem ao tentar conduzir votações no plenário e acabou encerrando a sessão.
Hoje (18), na primeira reunião de líderes que presidiu, deputados negaram que houve constrangimento entre o grupo. Líder do PSD, Rogério Rosso (DF) disse que fez um apelo para que Maranhão refletisse mas não obteve respostas. Para Rosso, enquanto a Casa “fala uma língua”, Maranhão fala outra.
“Do ponto de vista regimental, Waldir Maranhão tem suas prerrogativas. Do ponto de vista político ele fala uma linguagem e ela [a Câmara] fala outra. Fiz um apelo para que ele deixe a direção da Mesa à linha natural do Regimento. Ele recebeu silenciosamente. Entendi que está reflexivo mas vai atender”, avaliou.
O presidente do Solidariedade, Paulinho da Força (SP), deixou a reunião de líderes mais cedo para ir ao Palácio do Planalto e, ao sair, disse que Waldir Maranhão aceitou limitar suas funções a questões internas da Casa e a condução de reuniões.
Segundo Paulinho, Maranhão concordou em deixar a presidência das sessões do plenário nas mãos do 2º Vice-Presidente da Mesa, deputado Giacobo (PR-PR), ou do 1º Secretário, Beto Mansur (PRB-SP). Maranhão não confirma a informação.
Na avaliação do líder do PTB, Jovair Arantes (GO), Waldir Maranhão foi sereno durante a reunião e conseguiu tranquilizar os líderes.
“O Regimento da Casa precisa imperar para a Casa voltar a funcionar e resolver as questões que estavam represadas”, afirmou.
Arantes espera resistência por parte do PT e de aliados, mas aposta que, na sessão de hoje, será possível votar as quatro medidas provisórias (MPs) que trancam a pauta.
“Isto é normal e do jogo democrático mas vamos levar noite a dentro para resolver matéria por matéria. Dá para destrancar e vamos pedir para o governo retirar urgências”, disse.
André Moura
Ainda que o Palácio do Planalto não tenha confirmado o nome do líder do governo Temer na Casa, Jovair Arantes afirmou que “André Moura deve ser confirmado ainda hoje.
Certamente será nosso líder com a possibilidade de fazer interlocução com toda a Casa”.
Lideranças do bloco conhecido como centrão - PEN, PTB, PP, PR, PSL, PSD, PRB, PTN, PSC, PHS, PROS e o Solidariedade -, além do PMDB que ainda não aderiu ao grupo, preferiram ser mais discretos.
É este grupo que encampou o nome de Moura para a função e formalizou este apoio na reunião com Temer ontem.
Este apoio não conta, porém, com PSDB, DEM e PPS que defendiam Rodrigo Maia (DEM-RJ) na função, argumentando, inclusive, que Moura é próximo do presidente afastado da Câmara Eduardo Cunha e que o líder precisava ter mais autonomia na Casa.
O líder do DEM, Pauderney Avelino (AM), chegou a afirmar na manhã de hoje que a articulação por André Moura é comandada pelo próprio Cunha.
Jovair Arantes assumiu a missão de tentar afastar a especulação. “Ele nãoo foi indicado por Cunha. Quem toca hoje esta discussão é o bloco dos partidos chamado centro e tivemos várias reuniões”, afirmou.