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Manifestantes organizam panelaço em frente à casa de Cardozo

Em vídeo divulgado pelo WhatsApp, grupo acusa Cardozo de querer "limitar as investigações" da Operação Lava Jato e pede sua demissão imediata do cargo

José Eduardo Cardozo: ministro da Justiça está em Brasília (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2015 às 16h44.

São Paulo - Manifestantes ligados ao grupo "Vem pra Rua", que faz oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT), marcaram para às 19h desta quarta-feira de Cinzas, dia 18, um "panelaço" em frente ao prédio onde mora o ministro da Justiça , José Eduardo Cardozo, em São Paulo.

Em um vídeo divulgado pelo WhatsApp, o grupo acusa Cardozo de querer "limitar as investigações" da Operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção na Petrobras, e pede sua demissão imediata do cargo.

Segundo reportagem da revista Veja, publicada na sexta-feira, 13, o ministro se encontrou com advogados de empreiteiras denunciadas.

O apartamento de Cardozo, localizado em um prédio de classe média no bairro Bela Vista, estará vazio na hora do ato. O ministro está em Brasília.

Seu pai, de 83 anos, a mãe, de 81, e uma tia de 76, que também mora no imóvel, saíram do local na noite de terça-feira, 17.

Apesar de ser alvo dos manifestantes, o ministro recebeu mensagens de solidariedade da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

A entidade alega que o diálogo de Cardozo com os advogados das empreiteiras é uma prerrogativa constitucional é que "não é admissível criminalizar o exercício da profissão".

O presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil, Antônio César Bochenekj, também saiu em defesa do ministro alegando que até agora não há notícia de interferência do Executivo na Operação Lava Jato.

"É uma ironia do destino porque o ministro, desde os tempos de estudante, sempre lutou para garantir, na Constituição, o direito de livre manifestação", diz o advogado Marco Aurélio Carvalho, coordenador do setorial jurídico do PT.

Polêmica

No sábado, 14, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, usou o Twitter para pedir a demissão de Cardozo.

"Nós, brasileiros honestos, temos o direito e o dever de exigir que a Presidente Dilma demita imediatamente o Ministro da Justiça", escreveu o magistrado na rede social.

Também no Twitter, o senador Humberto Costa, líder do PT no Senado, saiu em defesa do ministro.

"Nem a oposição retoca José Eduardo Cardozo. O que há por trás de quem o critica? Pensem". Em outro post, o parlamentar petista questionou novamente Barbosa.

"A quem interessa a demissão de um ministro da Justiça independente? Do chefe de uma Polícia Federal que apura o que tem que apurar, sem interferências?".

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Em um vídeo divulgado pelo WhatsApp, o grupo acusa Cardozo de querer "limitar as investigações" da Operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção na Petrobras, e pede sua demissão imediata do cargo.

Segundo reportagem da revista Veja, publicada na sexta-feira, 13, o ministro se encontrou com advogados de empreiteiras denunciadas.

O apartamento de Cardozo, localizado em um prédio de classe média no bairro Bela Vista, estará vazio na hora do ato. O ministro está em Brasília.

Seu pai, de 83 anos, a mãe, de 81, e uma tia de 76, que também mora no imóvel, saíram do local na noite de terça-feira, 17.

Apesar de ser alvo dos manifestantes, o ministro recebeu mensagens de solidariedade da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

A entidade alega que o diálogo de Cardozo com os advogados das empreiteiras é uma prerrogativa constitucional é que "não é admissível criminalizar o exercício da profissão".

O presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil, Antônio César Bochenekj, também saiu em defesa do ministro alegando que até agora não há notícia de interferência do Executivo na Operação Lava Jato.

"É uma ironia do destino porque o ministro, desde os tempos de estudante, sempre lutou para garantir, na Constituição, o direito de livre manifestação", diz o advogado Marco Aurélio Carvalho, coordenador do setorial jurídico do PT.

Polêmica

No sábado, 14, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, usou o Twitter para pedir a demissão de Cardozo.

"Nós, brasileiros honestos, temos o direito e o dever de exigir que a Presidente Dilma demita imediatamente o Ministro da Justiça", escreveu o magistrado na rede social.

Também no Twitter, o senador Humberto Costa, líder do PT no Senado, saiu em defesa do ministro.

"Nem a oposição retoca José Eduardo Cardozo. O que há por trás de quem o critica? Pensem". Em outro post, o parlamentar petista questionou novamente Barbosa.

"A quem interessa a demissão de um ministro da Justiça independente? Do chefe de uma Polícia Federal que apura o que tem que apurar, sem interferências?".

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