Maioria defende manutenção da prisão em 2ª instância, aponta Datafolha
Maioria dos entrevistados considera justo que um acusado seja detido após ter a condenação confirmada em segundo grau, segundo o levantamento
Reuters
Publicado em 17 de abril de 2018 às 08h47.
Última atualização em 17 de abril de 2018 às 08h48.
Pesquisa do instituto Datafolha publicada nesta terça-feira aponta que 57 por cento dos brasileiros apoia a prisão de réus condenados em segunda instância, como ocorreu com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva .
De acordo com o levantamento, publicado pelo jornal Folha de S.Paulo, a maioria dos entrevistados consideram justo que um acusado seja detido após ter a condenação confirmada em segundo grau, mesmo tendo direito a recursos a tribunais superiores.
Para 36 por cento dos entrevistados, o mais justo seria a prisão somente após a conclusão do processo em todas as instâncias possíveis do Judiciário, e 6 por cento não souberam responder, segundo o Datafolha.
O início do cumprimento da pena após condenação em segunda instância ganhou destaque recentemente devido à prisão do ex-presidente Lula, em 7 de abril, por condenação a 12 anos e 1 mês de prisão pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região pelo caso do tríplex no Guarujá (SP).
A defesa do ex-presidente aposta em uma eventual mudança de entendimento do Supremo Tribunal Federal sobre o assunto para que o ex-presidente saia da prisão.