Lula: tenho a palavra das Forças de que haverá grande esforço para despolitização
Ao afirmar que não ficará de "biquinho" com elas, ele declarou que só quer que as Forças cumpram aquilo que está na Constituição
Agência de notícias
Publicado em 21 de março de 2023 às 15h45.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ter a palavra do Exército, Marinha e Aeronáutica de que haverá um esforço de despolitização das Forças Armadas no País. Ao afirmar que não ficará de "biquinho" com elas, ele declarou que só quer que as Forças cumpram aquilo que está na Constituição.
"Tenho hoje a palavra das 3 Forças de que vai ter um esforço muito grande para despolitizar as Forças Armadas. Inclusive, vamos discutir com o Congresso Nacional, temos interesse em mandar um Projeto de Lei dizendo que quem quiser ser candidato a alguma coisa, vá para a reserva. O que não pode fazer é ficar utilizando as Forças Armadas para fazer política", disse Lula, em entrevista à TV 247.
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Lula comentou que os militares têm um compromisso com a Constituição de garantir a soberania nacional e integridade do território. "Elas têm que atender ao presidente da República, independentemente de que partido pertence o presidente", pontuou. "Tem que obedecer dentro das regras que estão estabelecidas na Constituição."
O presidente disse querer almoçar nas Forças, em referência ao almoço que teve na semana passada na Marinha. "Vou tratar eles com respeito que eu acho que eles merecem e quero que eles tratem a democracia do jeito que merece", disse. O chefe do Executivo afirmou que nunca acreditou no risco de golpe no País.
Na avaliação de Lula, o ex-presidente Jair Bolsonaro queria que os atos antidemocráticos que ocorreram no dia 8 de janeiro em Brasília tivessem acontecido no dia 1º de janeiro, dia da posse presidencial. "Acontece que dia 1º tinha muita gente e eles resolveram recuar e fizeram aquilo dia 8", comenta. De acordo com Lula, as pessoas que participaram da movimentação de 8 de janeiro serão punidas.
Questionado se Bolsonaro deveria ser preso, o petista disse que não é o presidente da República que decide isso. "Quero que Bolsonaro tenha a presunção de inocência, que eu não tive", pontuou. "Se ele for julgado culpado, que ele pague o preço da sua culpabilidade", emendou.