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Live de Lula: Presidente fará pente fino para escolha de novo PGR; veja o que foi anunciado

Lula voltou a falar que vai compor com o Centrão para tentar ter "tranquilidade nesse país" e afastou mais uma vez a ideia de que conversa com o Centrão como organização

Veja o que o presidente falou na última live (TV Brasil/Reprodução)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 1 de agosto de 2023 às 10h26.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira que vai escolher o próximo Procurador Geral da República "no tempo certo, na hora certa" e que vai "conversar com muita gente". O presidente afirmou ainda que fará um "pente fino" para "não cometer um erro" porque não quer escolher alguém que "faça denúncia falsa".

"As pessoas já estão preocupadas com a sucessão do Procurador Geral da República, com o outro membro da Suprema Corte. Essa é uma coisa que é uma naturalidade: ninguém neste país tem mais experiência de escolher procurador do que eu. Já escolhi três. Então, eu vou escolher no momento certo, na hora certa. Vou conversar com muita gente, vou atrás de informações de pessoas que eu penso, vou discutir se é homem, se é mulher, se é negro, se é branco. Tudo isso é um problema meu. Dentro da minha cabeça. Quando eu tiver um nome, eu indico. É simples assim. Sem ficar aquela bosta: vai escolher amanhã, vai escolher depois, é fulano, é ciclano. Ninguém tem que ficar tentando adivinhar ".

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E completou:

"Eu vou escolher as pessoas que eu achar melhor para os interesses do Brasil. Se der errado, paciência. Vou tentar escolher o melhor".

Critérios para escolha

Lula ainda afirmou que "obviamente" vai escolher alguém com "mais critério" e que não quer escolher alguém que seja "amigo do Lula".

"Então, obviamente que eu vou escolher alguém com mais critério, com mais pente fino, para não cometer um erro. Eu não quero escolher alguém que seja amigo do Lula, quero escolher alguém que seja amigo desse país. Alguém que não faça denúncia falsa, que não levanta falsa sobre o outro".

Centrão

Lula voltou a falar que vai compor com o Centrão para tentar ter "tranquilidade nesse país" e afastou mais uma vez a ideia de que conversa com o Centrão como organização. O presidente afirmou, no entanto, que precisa "compor com as forças políticas" para votar os projetos do governo que estão no Congresso Nacional.

"Eu não converso com o Centrão. O Centrão para mim é uma construção teórica. O que existe são os partidos políticos, e eu vou conversar com os partidos, com os presidentes dos partidos e vou tentar compor para que tenha tranquilidade nesse país".

Lula tenta trazer o PP e o Republicanos para a base do governo para aumentar o apoio ao Palácio do Planalto no Congresso Nacional. Para abraçar esse partido, o presidente estuda trocar o comando de alguns ministérios, ainda não definidos.

Lula afirmou ainda que tem conversado com os presidente dos Senado e da Câmara, Rodrigo Pacheco Arthur Lira, sobre as votações pendentes no Congresso Nacional. O presidente afirmou que "as coisas vão ser votadas naturalmente, de acordo com o tempo do Congresso Nacional".

"Estou convencido pelas conversas que eu tenho tido, inclusive com o presidente Lira e com o presidente Pacheco, do Senado e da Câmara, que as coisas vão ser votadas naturalmente, de acordo com o tempo do Congresso Nacional, não é de acordo com o meu tempo", concluiu.

Outras lives

Pensado para tentar engajar apoiadores do governo nas redes sociais, o programa tem sido transmitido todas as terças-feiras, pela manhã, do Palácio da Alvorada. Além das suas próprias páginas na rede social, Lula tem usado também a página nas redes sociais da TV Brasil, empresa pública de televisão, que é destinada para divulgar ações do governo.

Dores no quadril

Na live da semana passada, Lula afirmou ainda que está "chegando a conclusão" de que vai operar o quadril ainda neste ano e que as vezes fica "visível" que está "irritado", "nervoso" e de "mau humor" por conta das dores na cabeça fêmur.

"Eu quero fazer a cirurgia porque eu não quero ficar com dor. Ninguém consegue trabalhar com dor o dia inteiro. Então, eu sinto que as vezes estou com mau humor com meus companheiros, eu chego de manhã para trabalhar, quando eu coloco o pé no chão dói. E eu tenho que falar bom dia sorrindo, e as vezes eu não consigo falar. As vezes fica visível no meu rosto que eu estou irritado, que eu estou nervoso. E ai você vai ficando uma pessoa incômoda, uma pessoa chata, uma pessoa que ninguém quer falar bom dia para você mais com medo de tomar um esporro. Então, estou chegando a conclusão que eu tenho que operar", comentou.

No dia seguinte, Lula passou por uma "denervação percutânea no quadril direito, para alívio de dor crônica até a realização de uma cirurgia prevista para outubro". O procedimento usa substâncias para tentar eliminar as exterminações nervosas que causam dor no paciente.

Clubes de tiro

Lula afirmou ainda que pediu ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, para fechar "quase todos" os clubes de tiro no país. Lula defendeu que apenas as forças de segurança precisam ter um espaço para "treinar tiro".

"Eu, sinceramente, não acho que um empresário que tem um lugar para praticar tiro é um empresário. Eu, já disse para o Flávio Dino: nós temos que fechar quase todos, só deixar aberto aqueles que são da PM, do Exército ou da Polícia Civil. É organização policial que tem que ter lugar para atirar, para treinar tiro. Não é a sociedade brasileira. Nós não estamos preparando uma revolução", completou.

Ataques a Alexandre de Moraes

Lula também voltou a criticar os ataques contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, no aeroporto de Roma. Lula chamou os supostos agressores de "canalha" e afirmou que achava que "o cidadão que faz isso não é um ser humano que você pode ter respeito".

"Quando acontece o que aconteceu com Alexandre de Moraes no Aeroporto de Roma, eu acho que o cidadão que faz isso não é um ser humano que você pode ter respeito por ele. É um canalha, porque precisava ao menos ser educado. O ministro estava com a mulher, estava com o filho. Porque se vale a moda desse cidadão que vai xingar um ministro que votou uma coisa que ele não gosta, os ministros não terão mais sossego no Brasil. Ou seja, vai ter que ser secreto para que ninguém saiba como o ministro votou. Não é normal, eu tenho 77 anos, fiz oposição 50 e nunca xinguei uma pessoa no aeroporto”.

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