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Líderes favoráveis ao impeachment decidem futuro de Maranhão

O líder do PMDB chegou a defender que a decisão seja levada a plenário para que a maioria dos parlamentares decida ou não pela suspensão dos poderes de Maranhão

Maranhão: grande parte das lideranças quer o afastamento do pepista (Gabriela Korossy/Câmara dos Deputados)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2016 às 14h25.

Brasília - Pouco antes da reunião da Mesa Diretora, que terá participação do presidente em exercício da Câmara dos Deputados , Waldir Maranhão (PP-MA), líderes partidários favoráveis ao impeachment da presidente Dilma Rousseff decidiram se reunir paralelamente para discutir o futuro comando da Câmara.

Grande parte das lideranças quer o afastamento do pepista. O líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), chegou a defender que a decisão seja levada a plenário para que a maioria dos parlamentares decida ou não pela suspensão dos poderes de Maranhão no cargo.

Líder do PTB, o deputado Jovair Arantes (GO), que foi o relator do parecer contrário à Dilma durante a tramitação do processo na Câmara, informou que é clara a tendência “bem aproximada” pelo afastamento de Maranhão.

“Queremos que a Casa funcione e não tenha esse tipo de solavanco. Ele está com a legitimidade absolutamente arranhada do ponto de vista do povo brasileiro, não só da Câmara. Os deputados não querem sua permanência”, afirmou.

Os líderes suspenderam temporariamente a reunião para tratativas que vão se estender pela tarde, incluindo conversas diretas com Maranhão. Segundo Arantes, antes de qualquer medida regimental, a orientação é buscar um diálogo.

O impasse ganhou corpo desde que Waldir Maranhão anunciou, no fm da manhã de ontem (9), a decisão de anular as sessões da Câmara em que foi aprovada a admissibilidade do processo contra a presidente.

Mesmo depois de revogar a medida, no início da madrugada de hoje (10), o parlamentar, que ocupa provisoriamente a cadeira de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afastado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), continua sob alvo de críticas entre colegas.

Enquanto isto, a bancada do PP seguiu reunida boa parte da manhã  para tratar sobre a permanência ou não de Maranhão no partido. Essa decisão pode ter proporções ainda maiores, já que a vaga é reivindicada pelo PP.

Caso seja aprovada a proposta encampada por nomes como o de Júlio Lopes (RJ) e Jerônimo Goergen (RS), Maranhão pode perder o mandato e automaticamente deixa o comando da Casa.

Lopes, que é vice-líder da legenda, deixou o encontro para conversar com Maranhão e pedir que ele mesmo renuncie. Como o parlamentar pediu atá as 10h de amanhã (11) para se manifestar, a reunião da Executiva Nacional do PP que estava marcada para 17h e onde poderia ser batido o martelo foi cancelada.

Líder do PP, Agnaldo Ribeiro (PB) foi o último a entrar na sala do PTB, onde ocorre a reunião de líderes. Ribeiro reconheceu que a decisão de Maranhão "criou uma instabilidade ainda maior" do que a que já acometia o país.

Ele admitiu que os líderes têm o papel, agora, de tentar encontrar uma saída para garantir a funcionalidade da Casa, ainda que esta saída seja o afastamento de Maranhão da primeira vice-presidência, que tiraria também o direito dele ocupar interinamente a Presidência da República.

Segundo Ribeiro, não é seu papel ou do Ciro Gomes (CE), presidente da legenda, emitir posições pessoais, mas apenas conduzir o processo. Os dois devem se encontrar no iníicio da tarde.

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Brasília - Pouco antes da reunião da Mesa Diretora, que terá participação do presidente em exercício da Câmara dos Deputados , Waldir Maranhão (PP-MA), líderes partidários favoráveis ao impeachment da presidente Dilma Rousseff decidiram se reunir paralelamente para discutir o futuro comando da Câmara.

Grande parte das lideranças quer o afastamento do pepista. O líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), chegou a defender que a decisão seja levada a plenário para que a maioria dos parlamentares decida ou não pela suspensão dos poderes de Maranhão no cargo.

Líder do PTB, o deputado Jovair Arantes (GO), que foi o relator do parecer contrário à Dilma durante a tramitação do processo na Câmara, informou que é clara a tendência “bem aproximada” pelo afastamento de Maranhão.

“Queremos que a Casa funcione e não tenha esse tipo de solavanco. Ele está com a legitimidade absolutamente arranhada do ponto de vista do povo brasileiro, não só da Câmara. Os deputados não querem sua permanência”, afirmou.

Os líderes suspenderam temporariamente a reunião para tratativas que vão se estender pela tarde, incluindo conversas diretas com Maranhão. Segundo Arantes, antes de qualquer medida regimental, a orientação é buscar um diálogo.

O impasse ganhou corpo desde que Waldir Maranhão anunciou, no fm da manhã de ontem (9), a decisão de anular as sessões da Câmara em que foi aprovada a admissibilidade do processo contra a presidente.

Mesmo depois de revogar a medida, no início da madrugada de hoje (10), o parlamentar, que ocupa provisoriamente a cadeira de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afastado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), continua sob alvo de críticas entre colegas.

Enquanto isto, a bancada do PP seguiu reunida boa parte da manhã  para tratar sobre a permanência ou não de Maranhão no partido. Essa decisão pode ter proporções ainda maiores, já que a vaga é reivindicada pelo PP.

Caso seja aprovada a proposta encampada por nomes como o de Júlio Lopes (RJ) e Jerônimo Goergen (RS), Maranhão pode perder o mandato e automaticamente deixa o comando da Casa.

Lopes, que é vice-líder da legenda, deixou o encontro para conversar com Maranhão e pedir que ele mesmo renuncie. Como o parlamentar pediu atá as 10h de amanhã (11) para se manifestar, a reunião da Executiva Nacional do PP que estava marcada para 17h e onde poderia ser batido o martelo foi cancelada.

Líder do PP, Agnaldo Ribeiro (PB) foi o último a entrar na sala do PTB, onde ocorre a reunião de líderes. Ribeiro reconheceu que a decisão de Maranhão "criou uma instabilidade ainda maior" do que a que já acometia o país.

Ele admitiu que os líderes têm o papel, agora, de tentar encontrar uma saída para garantir a funcionalidade da Casa, ainda que esta saída seja o afastamento de Maranhão da primeira vice-presidência, que tiraria também o direito dele ocupar interinamente a Presidência da República.

Segundo Ribeiro, não é seu papel ou do Ciro Gomes (CE), presidente da legenda, emitir posições pessoais, mas apenas conduzir o processo. Os dois devem se encontrar no iníicio da tarde.

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