Licença prévia para linhão de Belo Monte deve sair em fevereiro
A expectativa é de que o Ibama termine a análise por voltado dia 17 de fevereiro e conceda a licença cerca de uma semana depois, segundo as duas fontes
Reuters
Publicado em 9 de fevereiro de 2017 às 16h51.
Brasília - O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis ( Ibama ) deve conceder na segunda metade de fevereiro a licença ambiental prévia para uma segunda linha de transmissão, a cargo apenas da chinesa State Grid, para escoar a energia da hidrelétrica de Belo Monte , disseram à Reuters duas fontes do governo.
A expectativa é de que o Ibama termine a análise por voltado dia 17 de fevereiro e conceda a licença cerca de uma semana depois, segundo as duas fontes, que pediram anonimato.
A licença prévia não dá autorização para construção da linha, mas atesta que o projeto é viável. Uma segunda autorização, a licença de instalação, é necessária, e sua emissão pode levar meses.
No mês passado, a Reuters já havia antecipado que a demora do processo de licenciamento da linha, de cerca de 2,5mil quilômetros, começa a preocupar a State Grid.
A previsão original da empresa era que a licença prévia saísse em outubro de 2016 e a de instalação, que efetivamente libera o início da obra, ficasse pronta em fevereiro.
Procurado, o Ibama afirmou por meio de sua assessoria de imprensa que o prazo legal para a análise é 7 de abril de 2017.
Embora ainda haja uma chance pequena de que a licença seja negada, o processo corre normalmente no Ibama, segundo as fontes.
A State Grid, juntamente com Furnas e Eletronorte, ambas do sistema Eletrobras, já está construindo uma outralinha para transmitir a energia da usina de Belo Monte.
A hidrelétrica, que está sendo construída no rio Xingu, terá capacidade total de 11,2 mil megawatts (MW) e será uma das maiores do mundo quando concluída.
A segunda linha de transmissão deve estar pronta em dezembro de 2019 para que sua operação case com o ritmo das obras da própria usina. Se isso não ocorrer, há o risco de parte de a energia de Belo não ter como ser escoada para os grandes centros de consumo.
O segundo linhão deve demandar investimentos totais de cerca de 7 bilhões de reais.