Kátia Abreu, do PDT, diz sim à Previdência e ganha parabéns de Tabata
Senadora foi a única do PDT a votar a favor da Previdência; candidata foi vice na chapa à presidência de Ciro Gomes, crítico da reforma
Victor Sena
Publicado em 2 de outubro de 2019 às 17h57.
Última atualização em 2 de outubro de 2019 às 18h12.
São Paulo — A senadora Kátia Abreu foi a única senadora do PDT a dar um voto a favor da proposta de reforma da Previdência do governo Bolsonaro, aprovada em primeiro turno no Senado nesta terça-feira (2). Com Kátia, o partido tem 4 cadeiras na casa. A votação do plenário, que aprovou o texto-base, aconteceu nesta segunda-feira e terminou com um placar de 56 a 19.
Kátia Abreu foi candidata à vice-presidência na chapa de Ciro Gomes, um dos caciques do partido, e que é contra a proposta do governo Bolsonaro. Na época da votação da Previdência na Câmara dos Deputados, ele chegou a pregar punições contra os 8 deputados favoráveis à reforma, como a paulista Tabata Amaral, de 25 anos.
O presidente do PDT, Carlos Lupi, chamou os deputados de "desobedientes" e Ciro Gomes disse que "não se pode servir a dois senhores". Mesmo com pressão interna — e de eleitores — Tabata seguiu no partido e defendendo a reforma na Previdência.
Como consequência, o PDT abriu um processo para avaliar a expulsão dos parlamentares. Além disso, Tabata e os outros 7 deputados foram suspensos do partido. Na prática, não podem representar a sigla até fim do processo disciplinar.
Pelo Twitter, a deputada deu parabéns à senadora Kátia Abreu.
Aprovação no Senado
Os senadores rejeitaram nesta quarta-feira (02) as sugestões de alterações ao texto-base aprovado ontem da reforma da Previdência, os chamados destaques. Nesta segunda-feira, os senadores aprovaram um destaque que deve retirar R$ 81,7 bilhões da previsão de economia com a reforma, inclusive com o apoio da senadora Kátia Abreu.
Havia seis destaques no início da sessão de hoje: três foram retirados pelos autores e três foram derrotados em plenário. O governo precisava de apoio de 49 dos 81 senadores para cada item.
Com isso, está concluída na Casa a votação em 1º turno da reforma, que ainda precisa ser aprovada novamente em 2º turno pela mesma maioria após um intervalo de cinco sessões.