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Juros para pessoa física são os menores em 15 anos

Taxa divulgada pela Anefac caiu 0,1% e atingiu o menor valor desde o início da medição em 1995

Apesar da queda, os juros dos cartões de crédito permanecem estáveis (Arquivo)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2010 às 13h01.

São Paulo - A taxa média de juros para pessoa física apresentou em setembro a terceira queda mensal consecutiva, atingindo o menor nível dos últimos 15 anos.

Divulgada hoje, pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) aponta baixa de 0,01 ponto porcentual nas taxas em operações de crédito, de 6,75% para 6,74% ao mês, o menor nível da série histórica do levantamento, iniciada em janeiro de 1995. A nova taxa corresponde a juros de 118,74% ao ano.

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A queda foi puxada por três das seis linhas de crédito que compõem o cálculo da taxa média para pessoa física: juros do comércio, empréstimo pessoal de bancos e empréstimo pessoal de financeiras.

Das modalidades de crédito pesquisadas pela Anefac, duas ficaram estáveis em setembro (cartão de crédito e financiamento de automóveis) e uma cresceu no período: cheque especial. De janeiro a setembro, a taxa de juros média para pessoa física teve redução de 3,22 pontos porcentuais, passando de 121,96% para 118,74% ao ano.

A redução também foi observada na taxa média para pessoa jurídica, que em setembro apresentou recuo de 0,04 ponto porcentual, indo de 3,82% para 3,78% ao mês. O número é o menor desde março e corresponde a uma taxa de 56,09% ao ano.

Das três linhas de crédito usadas para cálculo da taxa média, duas apresentaram baixa em setembro (capital de giro e desconto de duplicatas) e uma teve elevação (conta garantida). No período de janeiro a setembro, o crédito para as empresas se manteve estável.

Em comunicado, a entidade prevê que os juros em operações de crédito deverão seguir em tendência de queda nos próximos meses, com baixas superiores às eventuais quedas da taxa básica de juros, a Selic.

"Deveremos inclusive ter períodos em que a Selic vai ficar inalterada e as taxas de juros das operações de crédito vão ser reduzidas", estima a entidade. "O ano de 2010 deverá ser extremamente positivo no crédito, fazendo com que o volume total atinja 50% do Produto Interno Bruto (PIB)." A Anefac sustenta a expectativa com base em fatores como redução da inadimplência e melhora do ambiente econômico.

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