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'Velha política' foi empecilho para Marina, diz ativista

Segundo criadora do "Meu Rio", o fato de a candidata ter utilizado as regras da velha política foi um empecilho para suas aspirações

Marina Silva concede entrevista coletiva após apuração dos votos em São Paulo (Vagner Campos/MSILVA Online)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2014 às 22h38.

Rio de Janeiro - A ativista Alessandra Orofino, criadora da plataforma social "Meu Rio", participou nesta quarta-feira de uma das conferências do TEDGlobal 14, que acontece até sábado no Rio de Janeiro, e disse em entrevista à Agência Efe que o fato de a candidata à presidência Marina Silva ter utilizado as regras da velha política foi um empecilho para suas aspirações.

O termo "velha política" foi cunhado pela candidata do PSB para marcar uma diferenciação em relação aos seus dois principais adversários nesta eleição - que teve o primeiro turno disputado no último domingo -, a presidente Dilma Rousseff (PT) , e Aécio Neves (PSDB), que disputarão o segundo turno em 26 de outubro.

Marina Silva ficou em 3º lugar, com 21,32% dos votos na corrida, o que representou um crescimento de menos de 2% em relação ao percentual de votos que teve na eleição de 2010, quando também foi a terceira colocada atrás de Dilma e de José Serra.

Segundo Orofino, os resultados de Marina podem ser entendidos a partir de uma "contradição entre a mensagem e a prática, por tentar mudar a política utilizando as mesmas regras daquilo que pretende modificar, o que a tornou alvo da crítica fácil", explicou a ativista em entrevista à Agência Efe.

"Teria sido muito bonito se tivesse saído da política partidária em 2010 e tivesse tentado pressionar pela mudança das regras do jogo por fora", acrescentou.

Apesar disso, a ativista não critica a postura de Marina de tentar mudar as coisas por "dentro da "velha política" uma vez que não é possível estabelecer qual é o melhor caminho para mudar as coisas".

Alessandra Orofino é a criadora da plataforma "Meu Rio", que tem a participação de 170 cidadãos cariocas que pretendem influenciar nas políticas locais e que surgiu devido ao desprezo que as pessoas sentem pelas instituições políticas tradicionais.

"O número de votos para conseguir fazer um vereador no Rio de Janeiro é próximo dos 20 mil e nós, em nossa organização, somos muitos mais. Por este motivo, os políticos sabem que não podem nos deixar de lado e têm que atender aos nossos pedidos", comentou Orofino.

A intenção desta iniciativa de participação cidadã é se expandir para outras cidades do mundo e conseguir estabelecer outras plataformas autossuficientes para que "os cidadãos possam realmente influenciar" nas políticas que os afetam diretamente.

"Atualmente estamos aceitando candidaturas para os jovens que querem estabelecer uma organização como a "Meu Rio". Oferecemos nossa experiência e nossos recursos para que possam fazer uma plataforma totalmente autossuficiente em suas cidades", contou a ativista.

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Rio de Janeiro - A ativista Alessandra Orofino, criadora da plataforma social "Meu Rio", participou nesta quarta-feira de uma das conferências do TEDGlobal 14, que acontece até sábado no Rio de Janeiro, e disse em entrevista à Agência Efe que o fato de a candidata à presidência Marina Silva ter utilizado as regras da velha política foi um empecilho para suas aspirações.

O termo "velha política" foi cunhado pela candidata do PSB para marcar uma diferenciação em relação aos seus dois principais adversários nesta eleição - que teve o primeiro turno disputado no último domingo -, a presidente Dilma Rousseff (PT) , e Aécio Neves (PSDB), que disputarão o segundo turno em 26 de outubro.

Marina Silva ficou em 3º lugar, com 21,32% dos votos na corrida, o que representou um crescimento de menos de 2% em relação ao percentual de votos que teve na eleição de 2010, quando também foi a terceira colocada atrás de Dilma e de José Serra.

Segundo Orofino, os resultados de Marina podem ser entendidos a partir de uma "contradição entre a mensagem e a prática, por tentar mudar a política utilizando as mesmas regras daquilo que pretende modificar, o que a tornou alvo da crítica fácil", explicou a ativista em entrevista à Agência Efe.

"Teria sido muito bonito se tivesse saído da política partidária em 2010 e tivesse tentado pressionar pela mudança das regras do jogo por fora", acrescentou.

Apesar disso, a ativista não critica a postura de Marina de tentar mudar as coisas por "dentro da "velha política" uma vez que não é possível estabelecer qual é o melhor caminho para mudar as coisas".

Alessandra Orofino é a criadora da plataforma "Meu Rio", que tem a participação de 170 cidadãos cariocas que pretendem influenciar nas políticas locais e que surgiu devido ao desprezo que as pessoas sentem pelas instituições políticas tradicionais.

"O número de votos para conseguir fazer um vereador no Rio de Janeiro é próximo dos 20 mil e nós, em nossa organização, somos muitos mais. Por este motivo, os políticos sabem que não podem nos deixar de lado e têm que atender aos nossos pedidos", comentou Orofino.

A intenção desta iniciativa de participação cidadã é se expandir para outras cidades do mundo e conseguir estabelecer outras plataformas autossuficientes para que "os cidadãos possam realmente influenciar" nas políticas que os afetam diretamente.

"Atualmente estamos aceitando candidaturas para os jovens que querem estabelecer uma organização como a "Meu Rio". Oferecemos nossa experiência e nossos recursos para que possam fazer uma plataforma totalmente autossuficiente em suas cidades", contou a ativista.

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