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Janot quer arquivar investigação de Anastasia na Lava Jato

Procurador-geral da República encaminhou ao STF um pedido para arquivar investigação sobre senador Antônio Anastasia

O arquivamento da investigação sobre Antônio Anastasia exclui o PSDB do rol de partidos com parlamentares investigados na Lava Jato pela PGR (Marcos Oliveira/Agência Senado)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2015 às 21h03.

Brasília - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot , encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido para arquivar a investigação do senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) no âmbito da Lava Jato .

Este é o primeiro caso de pedido de arquivamento entre os 50 políticos investigados pela PGR perante o STF por suposto envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras.

Os indícios iniciais apontados pela Procuradoria no início do ano para pedir a abertura do inquérito contra o tucano não se confirmaram. Os investigadores entendem, contudo, que no caso de surgimento de dados objetivos relativos ao senador o caso pode ser reaberto.

Para abrir o inquérito, a PGR considerou fala do agente da PF Jayme Alves Oliveira Filho - conhecido como Careca e entregador de malas do doleiro Alberto Youssef.

Ele disse ter entregue em 2010 R$ 1 milhão a uma pessoa que não se identificou e, tempos mais tarde, soube que ganhou a eleição em Minas Gerais.

Ao ser confrontado com uma foto de Anastasia pelos investigadores, disse que o parlamentar se parece com quem recebeu o dinheiro enviado por Youssef. O doleiro negou em depoimento ter enviado propina ao ex-governador de Minas Gerais.

Até o momento, contando com o caso de Anastasia, dos 25 inquéritos existentes no Supremo contra políticos, a PGR já apresentou solução para três.

No caso das investigações do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do senador Fernando Collor (PTB-AL), Janot optou pela solução oposta e ofereceu uma denúncia - acusação formal.

O arquivamento exclui o PSDB do rol de partidos com parlamentares investigados na Lava Jato pela PGR entre as apurações conhecidas atualmente.

Há pedidos de investigação feitos pela equipe de Janot com base em delações recentes, como a do empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC, que permanecem ocultas no Supremo Tribunal Federal e aguardam decisão do relator do caso, o ministro Teori Zavascki.

A PGR tem até o dia 31 deste mês para apontar caminhos que devem ser seguidos em cada um dos inquéritos. Podem ser propostas novas denúncias, arquivamentos ou pedidos de prorrogação da investigação.

O advogado de defesa de Anastasia, Maurício Campos, disse à reportagem que o pedido de arquivamento era a "única solução" para o caso.

Na avaliação do advogado o pedido veio "tardiamente, mas é bom que tenha chegado". Campos classificou ainda as declarações de Careca como "esdrúxulas" e disse que Youssef foi categórico ao negar que não havia pagamento a Anastasia.

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Brasília - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot , encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido para arquivar a investigação do senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) no âmbito da Lava Jato .

Este é o primeiro caso de pedido de arquivamento entre os 50 políticos investigados pela PGR perante o STF por suposto envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras.

Os indícios iniciais apontados pela Procuradoria no início do ano para pedir a abertura do inquérito contra o tucano não se confirmaram. Os investigadores entendem, contudo, que no caso de surgimento de dados objetivos relativos ao senador o caso pode ser reaberto.

Para abrir o inquérito, a PGR considerou fala do agente da PF Jayme Alves Oliveira Filho - conhecido como Careca e entregador de malas do doleiro Alberto Youssef.

Ele disse ter entregue em 2010 R$ 1 milhão a uma pessoa que não se identificou e, tempos mais tarde, soube que ganhou a eleição em Minas Gerais.

Ao ser confrontado com uma foto de Anastasia pelos investigadores, disse que o parlamentar se parece com quem recebeu o dinheiro enviado por Youssef. O doleiro negou em depoimento ter enviado propina ao ex-governador de Minas Gerais.

Até o momento, contando com o caso de Anastasia, dos 25 inquéritos existentes no Supremo contra políticos, a PGR já apresentou solução para três.

No caso das investigações do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do senador Fernando Collor (PTB-AL), Janot optou pela solução oposta e ofereceu uma denúncia - acusação formal.

O arquivamento exclui o PSDB do rol de partidos com parlamentares investigados na Lava Jato pela PGR entre as apurações conhecidas atualmente.

Há pedidos de investigação feitos pela equipe de Janot com base em delações recentes, como a do empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC, que permanecem ocultas no Supremo Tribunal Federal e aguardam decisão do relator do caso, o ministro Teori Zavascki.

A PGR tem até o dia 31 deste mês para apontar caminhos que devem ser seguidos em cada um dos inquéritos. Podem ser propostas novas denúncias, arquivamentos ou pedidos de prorrogação da investigação.

O advogado de defesa de Anastasia, Maurício Campos, disse à reportagem que o pedido de arquivamento era a "única solução" para o caso.

Na avaliação do advogado o pedido veio "tardiamente, mas é bom que tenha chegado". Campos classificou ainda as declarações de Careca como "esdrúxulas" e disse que Youssef foi categórico ao negar que não havia pagamento a Anastasia.

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