Investigação sobre fraude no vestibular tem 51 presos
De acordo com a Polícia Federal, os alunos responderão a processo criminal
Da Redação
Publicado em 14 de dezembro de 2012 às 15h46.
Brasília – Chega a 51 o número de pessoas presas pela Operação Calouro, deflagrada pela Polícia Federal (PF), na última quarta-feira (06), em vários estados do país. Na primeira fase das investigações, os trabalhos estiveram focados nos membros permanentes das quadrilhas suspeitas de fraudar vestibulares. A próxima etapa será identificar os alunos que teriam recorrido ao esquema criminoso para entrar na universidade. De acordo com a Polícia Federal, os alunos responderão a processo criminal.
O material apreendido continua em análise. A operação é centralizada no Espírito Santo, onde foi iniciada há um ano e meio, com a identificação de sete grupos. Em nota divulgada hoje (15), a polícia afirma que ainda não tem como precisar quantas pessoas foram beneficiadas pelo esquema.
Cada quadrilha tinha uma forma de cobrança, mas, no geral, o recebimento do dinheiro era após a aprovação no vestibular. Algumas quadrilhas cobravam valores adiantados, entre R$ 2 mil e R$ 5 mil reais. Estudantes pagaram até R$ 80 mil para ser beneficiados pela fraude.
Os líderes das quadrilhas, que agiam por meio de transmissão eletrônica dos gabaritos, chegavam a receber R$ 15 mil por aluno. Os corretores das questões dos vestibulares fraudados ficavam com R$ 10 mil e 30 mil por aluno.
Em outro tipo de ação dos fraudadores, por meio de substituição do vestibulando, os líderes das quadrilhas recebiam valores maiores por aluno, entre R$ 45 mil e 80 mil. Os chamados pilotos faziam as provas no lugar do candidato. Normalmente eram estudantes de medicina, de cursos preparatórios para vestibular e engenheiros.
As quadrilhas se concentravam nos estados de Goiás e de Minas Gerais e visavam as faculdades particulares. As universidades federais não eram alvo das quadrilhas devido a maior segurança nos processos seletivos.
Segundo a nota da PF, as fraudes atraíam jovens de famílias ricas, “com pouquíssimo interesse em estudar ou em alcançar alguma coisa na vida com seu próprio mérito. Nesses casos, fica muito claro o apoio ou mesmo incentivo das famílias para que os alunos utilizem esse esquema para passarem no vestibular”.
O Ministério da Educação informou ter solicitado a íntegra do inquérito policial para fiscalização em todas as instituições apontadas.
Brasília – Chega a 51 o número de pessoas presas pela Operação Calouro, deflagrada pela Polícia Federal (PF), na última quarta-feira (06), em vários estados do país. Na primeira fase das investigações, os trabalhos estiveram focados nos membros permanentes das quadrilhas suspeitas de fraudar vestibulares. A próxima etapa será identificar os alunos que teriam recorrido ao esquema criminoso para entrar na universidade. De acordo com a Polícia Federal, os alunos responderão a processo criminal.
O material apreendido continua em análise. A operação é centralizada no Espírito Santo, onde foi iniciada há um ano e meio, com a identificação de sete grupos. Em nota divulgada hoje (15), a polícia afirma que ainda não tem como precisar quantas pessoas foram beneficiadas pelo esquema.
Cada quadrilha tinha uma forma de cobrança, mas, no geral, o recebimento do dinheiro era após a aprovação no vestibular. Algumas quadrilhas cobravam valores adiantados, entre R$ 2 mil e R$ 5 mil reais. Estudantes pagaram até R$ 80 mil para ser beneficiados pela fraude.
Os líderes das quadrilhas, que agiam por meio de transmissão eletrônica dos gabaritos, chegavam a receber R$ 15 mil por aluno. Os corretores das questões dos vestibulares fraudados ficavam com R$ 10 mil e 30 mil por aluno.
Em outro tipo de ação dos fraudadores, por meio de substituição do vestibulando, os líderes das quadrilhas recebiam valores maiores por aluno, entre R$ 45 mil e 80 mil. Os chamados pilotos faziam as provas no lugar do candidato. Normalmente eram estudantes de medicina, de cursos preparatórios para vestibular e engenheiros.
As quadrilhas se concentravam nos estados de Goiás e de Minas Gerais e visavam as faculdades particulares. As universidades federais não eram alvo das quadrilhas devido a maior segurança nos processos seletivos.
Segundo a nota da PF, as fraudes atraíam jovens de famílias ricas, “com pouquíssimo interesse em estudar ou em alcançar alguma coisa na vida com seu próprio mérito. Nesses casos, fica muito claro o apoio ou mesmo incentivo das famílias para que os alunos utilizem esse esquema para passarem no vestibular”.
O Ministério da Educação informou ter solicitado a íntegra do inquérito policial para fiscalização em todas as instituições apontadas.