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Investigação inicial não mostra sinal de combustível em destroços

Duas hipóteses foram levantadas: ou o avião não voava com reserva de combustível, ou o piloto esvaziou o tanque ao perceber falhas no motor

Acidente: o avião vinha de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, e pertencia a empresa LaMia, cuja matrícula é LMI2933 RJ80 (Fredy Builes/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de novembro de 2016 às 16h58.

Última atualização em 29 de novembro de 2016 às 16h58.

Medellín - As autoridades do departamento de Antioquia avançam nas buscas pelos corpos das pessoas que viajavam no avião que caiu na madrugada desta terça-feira (no horário de Brasília), noite de segunda em Medellín.

A delegação do time da Chapecoense estava a bordo do avião para a disputa da fina da Copa Sul-Americana. Os seis sobreviventes estão em três hospitais da região onde se recuperam de múltiplas fraturas e traumatismos.

Um dos sobreviventes é o goleiro reserva Jackson Follmann, que teve uma das pernas amputadas.

As autoridades ainda investigam as causas do acidente. Inicialmente foi divulgada a informação que nenhum dos corpos e partes da aeronave tinham rastros de combustíveis.

Uma das possibilidades é que o avião não voava com a reserva de combustível suficiente. Outra hipótese é que o piloto, ao perceber falhas mecânicas, esvaziou o tanque para que a aeronave não explodisse com o impacto no chão.

Entretanto, essa hipótese ainda está sendo analisada pelos organismos responsáveis.

O informe da Aerocivil, órgão que cuida do funcionamento das aviação na Colômbia, disse que a aeronave caiu aproximadamente às 10h30 da noite desta segunda-feira (1h30 desta terça-feira no horário de Brasília).

O avião vinha de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, e pertencia a empresa LaMia, cuja matrícula é LMI2933 RJ80.

Carlos Iván Márquez Pérez, diretor da Unidade Nacional para Gestão de Riscos a Acidentes, confirmou que até o momento foram encontrados 65 corpos e que 63 deles estão sendo levados para o aeroporto de Olaya Herrera, em Medellín, com o objetivo de identificá-los. Depois, serão levados para o Instituto de Medicina Legal.

O governo colombiano está a par da situação e através do Ministério de Relações Exteriores trabalha para adiantar o processo de repatriação dos corpos e acompanhar os sobreviventes brasileiros e bolivianos.

Há alguns minutos, os hospitais anunciaram que adotaram silêncio em respeito a uma solicitação dos familiares para não darem declarações aos veículos de comunicação.

O Atlético Nacional emitiu um comunicado oficial em que transmite solidariedade aos familiares das vítimas e pede que a Conmebol declare a Chapecoense campeão da Copa sul-americana.

"Depois de estar muito preocupado pela parte humana, pensamos no aspecto competitivo e queremos publicar esse comunicado no qual o Atlético Nacional pede para a Conmebol que o título da Copa Sul-Americana seja entregue à Associação Chapecoense de Futebol como louro honorário pela sua grande perda e em homenagem póstuma às vítimas do fatal acidente que deixa o nosso esporte de luto. De nossa parte, e para sempre, Chapecoense campeã da Copa Sul-Americana 2016", declarou o clube, em caráter oficial.

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