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Internação por cirrose alcoólica cresce 50% no estado de São Paulo

Levantamento indica que as pessoas passaram a ingerir mais bebidas alcoólicas

Em 2007, foram internadas cerca de 2,1 mil pessoas com o problema e a estimativa para este ano é de mais de 3 mil pacientes (Arquivo/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2011 às 20h41.

São Paulo – As internações por cirrose hepática causada pela ingestão de bebidas alcoólicas aumentaram quase 50% nos últimos cinco anos nos hospitais do estado de São Paulo. Em 2007, foram internadas cerca de 2,1 mil pessoas com o problema e a estimativa para este ano é de mais de 3 mil pacientes. Os dados são do Serviço de Hepatologia do Hospital de Transplantes do Estado de São Paulo.

De acordo com o coordenador do serviço, o médico Carlos Baía, o levantamento indica que as pessoas passaram a ingerir mais bebidas alcoólicas. “A quantidade de álcool para provocar uma cirrose varia caso a caso. Geralmente são quantidades que as pessoas podem achar pequenas, como quatro ou cinco doses de bebidas destiladas por dia, se for consumido diariamente por dez anos”.

O álcool inflama e destrói gradualmente as células do fígado que, ao longo do tempo, passa a ficar tomado por pequenas cicatrizes, e tem seu funcionamento prejudicado. Estima-se que em torno de 15% dos alcoólatras cheguem a esta etapa em um período entre 10 e 15 anos de dependência.

"Uma das características do álcool é induzir tolerância e a pessoa precisa de uma quantidade cada vez maior para sentir o mesmo efeito de relaxamento inicial”, destaca o médico.

As complicações decorrentes da doença podem ocorrer lentamente e desencadear o acúmulo de água na barriga, inchaço nas pernas, confusão mental, e até o desenvolvimento de câncer no fígado e hemorragias digestivas.

Baía ressalta que o transplante de fígado só é indicado em casos muito graves, quando o paciente já está com as funções vitais do órgão totalmente comprometidas. Segundo o Hospital de Transplantes, os dependentes de álcool correspondem a cerca de 15% das pessoas que estão na lista de espera.

“A porcentagem é baixa porque existem mecanismos para restringir a entrada dessas pessoas na lista. Não se faz transplante em uma pessoa que tem alto risco de voltar a beber”, diz o médico. Para poder entrar na lista de espera do transplante, a pessoa tem de estar a pelo menos seis meses sem consumir bebida alcoólica.

Hepatites virais, principalmente a do tipo C, também desencadeiam a cirrose hepática. O médico orienta as pessoas a realizar o teste laboratorial com exame de sangue. “Prevenção é sempre a melhor escolha. A hepatite C, por exemplo, é uma doença silenciosa e o combate fica mais fácil se o diagnóstico for precoce”, explica o hepatologista.

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De acordo com o coordenador do serviço, o médico Carlos Baía, o levantamento indica que as pessoas passaram a ingerir mais bebidas alcoólicas. “A quantidade de álcool para provocar uma cirrose varia caso a caso. Geralmente são quantidades que as pessoas podem achar pequenas, como quatro ou cinco doses de bebidas destiladas por dia, se for consumido diariamente por dez anos”.

O álcool inflama e destrói gradualmente as células do fígado que, ao longo do tempo, passa a ficar tomado por pequenas cicatrizes, e tem seu funcionamento prejudicado. Estima-se que em torno de 15% dos alcoólatras cheguem a esta etapa em um período entre 10 e 15 anos de dependência.

"Uma das características do álcool é induzir tolerância e a pessoa precisa de uma quantidade cada vez maior para sentir o mesmo efeito de relaxamento inicial”, destaca o médico.

As complicações decorrentes da doença podem ocorrer lentamente e desencadear o acúmulo de água na barriga, inchaço nas pernas, confusão mental, e até o desenvolvimento de câncer no fígado e hemorragias digestivas.

Baía ressalta que o transplante de fígado só é indicado em casos muito graves, quando o paciente já está com as funções vitais do órgão totalmente comprometidas. Segundo o Hospital de Transplantes, os dependentes de álcool correspondem a cerca de 15% das pessoas que estão na lista de espera.

“A porcentagem é baixa porque existem mecanismos para restringir a entrada dessas pessoas na lista. Não se faz transplante em uma pessoa que tem alto risco de voltar a beber”, diz o médico. Para poder entrar na lista de espera do transplante, a pessoa tem de estar a pelo menos seis meses sem consumir bebida alcoólica.

Hepatites virais, principalmente a do tipo C, também desencadeiam a cirrose hepática. O médico orienta as pessoas a realizar o teste laboratorial com exame de sangue. “Prevenção é sempre a melhor escolha. A hepatite C, por exemplo, é uma doença silenciosa e o combate fica mais fácil se o diagnóstico for precoce”, explica o hepatologista.

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